FOTO: PEUGEOT/DIVULGAÇAO
VIVIANE BIONDO
Foz do Iguaçu, PR- O francês Guillaume Couzy assumiu a presidência da Peugeot no Brasil este ano, mas sua relação com o País é antiga. Ele atuou aqui na área de Marketing da montadora entre 1993 e 1994. No ano seguinte, retornou à matriz, em Paris, e depois passou pela Argentina, Portugal e México. Durante o lançamento do crossover 3008, que acaba de chegar às lojas, o executivo falou ao JC sobre os planos da empresa.
A PSA Peugeot Citroën anunciou o investimentos de R$ 1,2 bilhão na fábrica de Porto Real (RJ. Há planos de produzir modelos como o 3008, atualmente trazido da França?
Por ora, não. Mas o Brasil, juntamente com países como Rússia e China, é prioridade para que a marca se torne cada vez mais global e consiga subir três posições no ranking mundial de vendas (da décima para a sétima posição) até 2015. Aqui, a ideia é dobrar a capacidade de produção.
Isso significa que mais projetos podem ser desenvolvidos pelo grupo no País?
Sim, como foi o caso da picape Hoggar, cujo segmento é muito específico do mercado brasileiro. Até 2012, teremos 14 novos modelos no País.
O 3008 é o primeiro crossover (modelo que mistura características de vários segmentos) da Peugeot. Quais veículos a marca encara como rivais?
Os utilitários-esportivos compactos, a exemplo de Chevrolet Captiva, Hyundai ix35 e Honda CR-V. Trata-se um mercado importante, que representa 7 mil unidades por mês no Brasil.
O modelo, no entanto, traz soluções com apelo familiar. Isso não o torna rival até de outros carros da PSA, como o Citroën C4 Picasso, por exemplo?
Pode ser que isso aconteça, mas não é o nosso foco. O universo dos monovolumes é muito orientado para a família, com soluções de praticidade. O 3008 mostra o avanço em um segmento com características diferentes.
Quais serão os próximos lançamentos da marca no Brasil?
Haverá um ritmo de aceleração comercial, impulsionado pela chegada do 3008. Teremos também o sedã 408, que começa a ser vendido no primeiro trimestre do ano que vem, e o cupê RCZ, no segundo. Pelo menos cinco séries especiais também serão lançadas em 2011.
Este ano o resultado da marca ficará abaixo do esperado?
Sim. Mesmo com umas melhora no segundo semestre, de julho a setembro, em comparação com igual período de 2009. O aumento total nas vendas deverá ser de 11%, número que não representa nossa ambição.
Depois de morar em quatro países, como está sendo seu retorno ao Brasil?
Tenho uma ligação bem forte com o País – uma de minhas filhas nasceu aqui. Minha esposa é marroquina e cada uma das nossas três outras filhas nasceu em um dos países onde trabalhei. Somos cidadãos do mundo, mas a receptividade dos brasileiros realmente impressiona.
Viagem feita a convite da Peugeot
