Agora é oficial: no próximo dia 15 de abril, a Omoda | Jaecoo finalmente começa a operar em solo brasileiro, após diversos adiamentos. Inicialmente, serão 50 concessionárias em 17 estados, mas a ideia é terminar 2025 com cerca de 70 ou 80 lojas. Nos próximos anos, devem atingir cerca de 180 estabelecimentos.
Desse modo, o Jornal do Carro foi conhecer uma das primeiras lojas prontas para abrir as portas no bairro do Brás, em São Paulo. O objetivo dessa avant première foi entender como as novatas, que pertencem ao Grupo Chery, vão trabalhar no Brasil. Por sinal, elas são marcas internacionais da montadora e não existem – e nem vão existir – na China. Contudo, a O&J já está presente em 40 mercados em cinco continentes, com 873 concessionárias e 460 mil unidades vendidas até o momento.

Apesar de serem duas marcas distintas, cada uma com suas características, não haverá concessionárias apenas da Omoda ou da Jaecoo. Ou seja, ambas estarão sempre juntas dividindo o mesmo espaço, mas ao mesmo tempo separadas de acordo com seus próprios conceitos. De acordo com executivos da empresa, as marcas não são rivais por conta das propostas diferentes, mas são dois mundos que conseguem conviver no mesmo ambiente.

Conceitos da Omoda e da Jaecoo
A Omoda, por exemplo, tem uma pegada mais futurista, voltada às novas gerações, com foco em conectividade e tecnologia. São modelos mais urbanos, como o primeiro exemplar que vai desembarcar por aqui: o SUV elétrico E5 – que nós já dirigimos. Anteriormente estava previsto que a versão híbrida leve também fosse oferecida por aqui, mas no fim das contas decidiram que não seria um carro que agradaria os consumidores brasileiros.
Já a Jaecoo é voltada para uma nova elite, mas sem ser considerada superpremium. A meta é atender uma categoria de consumidores que está surgindo, mas que ainda tem um conceito mais tradicional da indústria automotiva. Além de ter carros voltados para o off-road com motorização híbrida plug-in. O primeiro deles será o J7, um SUV que chegará para brigar com BYD Song Plus e GWM Haval H6. Aliás, a dupla só terá SUVs no Brasil, apesar de oferecer carrocerias diferentes em outros mercados.

Planos futuros
Nesse primeiro momento, três carregamentos de carros estão prestes a chegar no Brasil para que a operação comece na data prevista. Mas já existem negociações para mais veículos seguirem da China para cá. Contudo, apenas o J8, o “irmão maior” do J7 também está confirmado para o País, com previsão de estreia ainda para este ano. Outros carros de ambas as marcas devem vir em seguida.
Também está certo que haverá produção nacional, mas ainda sem confirmação de data e local. A O&J esteve em processo de negociação com a Caoa, importadora oficial da Chery no Brasil, para assumir a fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo. Se o acordo foi fechado, ainda é um mistério. Outras opções seriam arrematar alguma outra unidade já pronta e adaptar a produção ou construir um local do zero. O anúncio sobre a produção nacional deve acontecer mais à frente.
Ainda é incerto também quais carros serão feitos por aqui, mas provavelmente o Omoda E5 e o Jaecoo 7 estarão na lista. Mas não só eles. Além disso, os carros nacionais híbridos deverão receber motorização flex, algo que já está em desenvolvimento pela engenharia local.
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