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Onix e HB20 duelam em versões de entrada
Comparativo

Onix e HB20 duelam em versões de entrada

Primeiro e segundo carros mais vendidos em 2018, Onix e HB20 se enfrentam em versões de entrada

José Antonio Leme

20 de fev, 2019 · 8 minutos de leitura.

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Crédito:JF DIORIO / ESTADÃO

Chevrolet Onix e Hyundai HB20 foram respectivamente primeiro e segundo carros mais vendidos do Brasil em 2018, posições que já haviam obtido no ano anterior. Aqui, eles se enfrentam em versões de entrada.

O Onix Joy tem preço inicial de R$ 46.290, ante os R$ 44.490 do HB20 Unique. Por pequena margem, o Hyundai levou a melhor nessa disputa.

Apesar dos poucos equipamentos de série que são oferecidos nos dois carros, o HB20 traz a mais rádio, ajuste de altura no banco do motorista e computador de bordo completo. A favor do Onix há apenas o alarme integrado com chave canivete, que o Hyundai não tem. Para abrir o carro, é preciso girar a chave na fechadura.

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No seguro, ponto para o Onix, que na média das apólices é mais de R$ 800 mais barato. O consumo com etanol é quase idêntico, assim como o espaço do porta-malas (dois quesitos com empate). Já na revisão, o Hyundai oferece valores mais baixos.

O motor é 1.0 para ambos, mas tem três cilindros no HB20 e quatro no Onix. A potência é igual, de até 80 cv, mas o torque é levemente superior e chega antes no Hyundai.

Na prática, ele retoma velocidade melhor nas subidas, principalmente com o ar-condicionado ligado. O rendimento do Onix nessa situação é muito discrepante do obtido com o sistema desligado.
O câmbio de cinco marchas do Hyundai tem a quinta muito longa e exige mais trocas nas subidas para manter a velocidade. O do Chevrolet tem seis, com relações mais curtas, e consegue manter melhor a velocidade se o motorista não engatar a sexta.


Mais firme, a suspensão do Onix não deixa o carro rolar nas curvas. A direção elétrica tem uma resposta melhor que a hidráulica do HB20, que é muito leve e sem precisão.

O espaço interno é bem parecido e ambos levam bem quatro adultos. A posição de dirigir é mais fácil de encontrar no HB20, que tem ajuste de altura no banco do motorista, algo que o Chevrolet não oferece.

Por outro lado, o líder de vendas tem mais porta-objetos, que são também mais bem posicionados. O HB20 tem um painel de leitura mais fácil e completo. O digital do Onix Joy é muito mais simples que o das versões mais caras do carro.


Simplicidade no Onix e HB20

Em relação às versões mais caras, o que faz mais falta no Onix e no HB20 de entrada são os equipamentos de comodidade. Entre os itens que faltam estão os vidros elétricos nas portas traseiras e o ajuste elétrico dos retrovisores.

Nenhum dos dois traz faróis de neblina, outro sistema importante – nesse caso, para o quesito segurança.

De série, as versões de entrada do Chevrolet e do Hyundai oferecem vidros dianteiros elétricos, ar-condicionado e trava elétrica nas portas. No HB20, elas não têm a função de travar automaticamente quando o carro entra em movimento.


Por fora, o Onix evidencia ainda mais ser uma versão de entrada. Isso porque o líder de vendas do mercado brasileiro manteve, na opção Joy, o visual de faróis e lanternas anterior ao da reestilização aplicada às configurações mais caras.

Já o HB20 Unique adotou o visual novo, bem como os faróis com máscara negra e a moldura cromada na grade, o que reduz a falta de encanto.

Em ambos, as maçanetas e capa dos espelhos retrovisores sem pinturas saltam aos olhos, assim como o acabamento sem detalhes cromados no painel. A favor do Hyundai, há o acabamento um pouco melhor que o do concorrente.


O HB20 ainda oferece a facilidade do volante com comandos multifuncionais para o rádio e o telefone.
Os bancos dianteiros do Onix abraçam melhor os ocupantes, enquanto os do rival não têm muito apoio lateral.

Opinião
Escolha da razão

Os carros desse comparativo são o cúmulo da racionalidade. Faltam coisas que parecem já fazer parte da natureza de todos os veículos, e que causam estranheza quando não disponíveis. Lembrar de trancar as portas manualmente, ter de colocar a chave no miolo e sofrer com uma central multimídia bem insatisfatória em funcionalidade e respostas que a Chevrolet oferece como acessório foi um choque de realidade (que saudade do sistema MyLink).

Mas o bom é que para ambos, o conjunto mecânico é o mesmo de qualquer outra versão 1.0, o que significa economia e, no caso do Hyundai, um desempenho ligeiramente melhor que o do rival.


Eu gosto de uma boa dirigibilidade, mas aprecio muito conforto também. Por isso, entre as versões que agradariam São Francisco e seu voto de pobreza ao renunciar a luxos dessa vida mundana, eu escolheria o HB20. Ele faz mais sentido – inclusive por causa do preço mais baixo.

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