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Os mais caros acessórios e opcionais
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Os mais caros acessórios e opcionais

Relógio que abre porta-malas de Aston Martin sai por R$ 100 mil; pacote com GPS do A3 custa quase R$ 10 mil

01 de mar, 2014 · 7 minutos de leitura.

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 Os mais caros acessórios e opcionais
Pacote para A3 Sedan custa R$ 9.900, em carro de R$ 116.400

Equipamentos opcionais (itens que vêm de fábrica, como direção hidráulica e ar-condicionado) e acessórios (vendidos nas concessionárias, como adesivos e revestimento de couro) podem mudar drasticamente o conceito de “luxo” de alguns carros.

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++ Comparativo: A3 Sedan x CLA

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No recém-lançado Up, por exemplo, a assistência à direção só é de série a partir da versão High, cuja tabela é de R$ 34.990. Como comparação, com o valor de um único “mimo” da Aston Martin dá para comprar três unidades da configuração intermediária do Volkswagen.

Supervisor de vendas da marca britânica no País, Leandro Malcervelli afirma que há inúmeras possibilidades de personalização e produtos relacionados aos carros da Aston. Entre os itens disponíveis, um dos destaques é um relógio de pulso da suíça Jaeger-LeCoultre (abaixo). Com caixa feita de ouro, pulseira de couro e movimento automático, a peça sai por R$ 100 mil.


“Esse relógio tem um dispositivo por meio do qual é possível abrir o porta-malas do carro”, explica Malcervelli. E, por falar em bagageiro, um jogo de malas exclusivo, cujos tamanhos e formatos variam de acordo com o modelo do carro, tem preço sugerido de R$ 15 mil.

A também britânica Bentley é outra que oferece uma extensa lista de itens de personalização. Há de porta-cachimbo e videogame a oito tipos de revestimento de madeira, 27 opções de couro e seis de cintos de segurança.

Os preços variam conforme o pedido e só são definidos na hora em que a compra é fechada. De acordo com informações da Bentley, 95% de seus carros vendidos no ano passado foram personalizados pelos clientes.


No caso do Audi A3 Sedan, o sistema multimídia é opcional e custa quase 10% do valor do carro. Batizado de MMI Plus, o recurso inclui tela de 7 polegadas, navegador GPS, memória de 30 GB e “touchpad”, recurso que lê as informações que o usuário escreve com os dedos em uma pequena superfície. O dispositivo custa R$ 9.900 e o novo modelo, R$ 116.400.

ESTRATÉGIA

A escolha dos equipamentos que serão oferecidos obedece critérios bem claros. Itens que não são desejados pela maioria passam para a lista de extras. “Fazemos uma ampla análise do posicionamento do veículo e avaliamos o que é essencial para cada modelo”, afirma o supervisor de marketing da Fiat, Hugo Lage Domingues.


Na Chevrolet, a regra é semelhante. No caso do Camaro, que tem tabela de R$ 220 mil, o cliente pode adquirir as famosas “racing stripes”. As faixas pretas coladas sobre capô, teto e porta-malas, que dão um aspecto mais esportivo ao carro custam de R$ 4 mil a R$ 5 mil nas concessionárias da marca na capital.

Há também os pacotes, que reúnem vários “níveis” de equipamentos em kits e são cada vez mais utilizados pelas montadoras. De acordo com Domingues, a principal vantagem é o preço. “Comparado com a soma do preço dos itens comprados separadamente, os pacotes são cerca de 30% mais em conta.”

No caso da Volkswagen, o pacote I-Trend, disponível para as linhas Gol, Voyage e Fox, agrega itens como som (com comandos no volante) e travas elétricas, entre outros. No Gol Track 1.0, tabelado a R$ 34.980, o kit sai por R$ 1.402.


Quanto mais sofisticado o modelo, mais caro costumam ser os opcionais. Para o Passat TSi, que parte de R$ 118.150, há o Pacote Premium, a R$ 30.080. Traz oito alto-falantes, banco do motorista com ajustes elétricos, controle adaptativo que mantêm velocidade e distância em relação ao carro da frente, faróis de xenônio e dispositivo que estaciona o sedã sozinho.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.