NÍCOLAS BORGES
Boa parte da avaliação do modelo 2011 do Mitsubishi Pajero Dakar foi feita com ele parado, num estacionamento. É que a maior novidade do jipão derivado da picape L200 Triton é o sistema multimídia que reúne som (rádio, toca CDs e DVDs), tecnologia Bluetooth e navegador GPS. O equipamento vem de série no utilitário esportivo japonês, que custa R$ 154.990 na tabela da Mitsubishi. Feito pela Clarion, o aparelho tem suas funções controladas por toques na tela de 7 polegadas, no centro do painel. Além disso, também há entradas USB e para iPod.
É um grande atrativo, por juntar tantos recursos úteis no dia a dia, como a possibilidade de falar ao celular sem usar as mãos e encontrar endereços em 350 cidades do Brasil (no total, são 1.200 localidades mapeadas, às quais o navegador apenas indica como chegar). A qualidade de áudio também é elogiável e ajuda a tornar mais agradável a ampla cabine. No mais, tudo continua como antes. O que não é de se surpreender, pois o Pajero Dakar está no mercado brasileiro há somente um ano.
O motor turbodiesel 3.2 de quatro cilindros se destaca pela suavidade que entrega seus 165 cv de potência e 38,1 mkgf de torque. Pena que o jipão seja pesado demais (2.105 kg) e o câmbio automático de quatro marchas não tenha muito a oferecer. Apesar das mudanças manuais na alavanca, as relações são longas, escondendo parte da força do propulsor.
Mas quem sair do asfalto (ao contrário da maioria dos donos de utilitários esportivos) dificilmente vai se desapontar. As opções de tração – 4×2, 4×4 integral, 4×4 bloqueado e com reduzida – permitem bom desempenho off-road. O espaço interno é bom para os ocupantes da frente e da segunda fila de bancos e razoável nos dois assentos retráteis do porta-malas – que, aliás, poderiam ter acionamento um pouco mais simples e leve.