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Palio Fire 1.0 desafia Gol Special 1.0
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Palio Fire 1.0 desafia Gol Special 1.0

Versões mais em conta de ?queridinhos? do público se enfrentam depois de virada histórica do Palio

11 de jan, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Palio Fire 1.0 desafia Gol Special 1.0
Versões mais em conta de ‘queridinhos’ do público se enfrentam  depois de virada histórica do Palio

Após 27 anos como líder de vendas no País, o Gol perdeu a posição para o Palio em 2014. Ciente da iminência da derrota, a Volkswagen demorou a tomar uma atitude concreta contra o avanço do rival e apenas em outubro relançou a versão Special 1.0, a mais despojada e barata (a partir de R$ 29.890), de seu hatch, mas era tarde. Para saber qual é melhor, comparamos a configuração de entrada do modelo paulista com a opção Fire 1.0 do novo campeão de emplacamentos, que parte de R$ 27.560 e representa 55% do mix do modelo produzido em Minas Gerais.

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O Gol Special nada mais é que uma variante “depenada” do Trendline, opção que chegou ao mercado no meio do ano passado com a missão de ser o modelo de entrada da marca. Já o Palio Fire passou a ocupar o posto de carro mais barato da Fiat após o fim da produção do Mille Economy, em dezembro de 2013.


Simplicidade.Com motores 1.0 flexíveis e lista magra de equipamentos, nenhum dos dois pode ser considerado como exemplo de conforto ou sofisticação. Mas o Gol se mostra ligeiramente superior em aspectos como comportamento dinâmico e qualidade de construção, que acabam compensando os cerca de R$ 2 mil a mais de sua tabela ante a do concorrente.

De série, os dois trazem o estritamente essencial. Vidros e retrovisores externos têm comando manual e há apenas ventilação forçada.

Ar-condicionado, direção hidráulica, além de vidros e travas elétricos são cobrados à parte e elevam o preço do Palio para a casa dos R$ 32 mil. Com os mesmos itens, o Gol diminui a diferença em relação ao concorrente e sai por cerca de R$ 33 mil – a configuração Trendline parte de R$ 35 mil.


Ao menos o Fiat pode ter um simplório rádio com entrada USB e rodas de liga leve. Esses equipamentos só estão disponíveis para o VW como acessórios, nas concessionárias.

Superior. Em movimento, o Gol é sensivelmente melhor ao volante, graças ao torque maior de seu motor 1.0. A diferença, de 0,7 mkgf, pode parecer pouca, mas como fica disponível em um regime mais baixo de rotações, o deixa mais eficiente e gostoso de guiar que o Palio.

O Fiat, aliás, tem de se esforçar para acompanhar o tráfego também por causa do câmbio de relações longas. Isso faz com que o motorista tenha de “esgoelar” o motor para obter respostas melhores.


A suspensão do Gol oferece bom equilíbrio entre conforto e estabilidade. O Palio é ligeiramente mais confortável em pisos ruins, mas balança nas curvas e gera alguma desconfiança em velocidades altas.

Com engates curtos e certeiros, o câmbio do VW é bem melhor que o do Palio.


Eficiência. A superioridade técnica do Volkswagen não invalida o Palio como uma boa e eficiente opção de modelo de entrada. O hatch é competente e tem inegável valentia, combinada à boa dose de robustez do conjunto mecânico aprovado pela crítica e pelo público.


Por outro lado, não há como negar o peso da idade de um projeto lançado há quase duas décadas. Por ora, o Palio cumpre bem o papel de carro de entrada da Fiat, enquanto o novo compacto nacional da marca não chega ao mercado.


O caso Gol e a dança das cadeiras


A Volkswagen oferece um ótimo produto no Brasil: o Up!. Mas o hatch não caiu nas graças do público e sobrou para o bom e velho Gol segurar a “barra” das vendas em queda durante o ano passado. Só que o cenário se complicou e o Palio terminou 2014 como o carro mais emplacado do País. O VW é bom e substancialmente melhor que o Fiat, mas sua atual geração carece de atualizações e leva um banho de tecnologia de modelos como o próprio Up!. A Fiat, por sua vez, faz o dever de casa e consegue oferecer o que o comprador quer por um preço ainda menor.]


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