13/05/2015 - 9 minutos de leitura.

Passado e presente celebram o dia do carro

Reunimos um Ford A 1928 e um Fusion Hybrid 2015 para comemorar o aniversário do automóvel

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A vida do automóvel brasileiro nunca foi fácil. Ele já foi acusado de ser uma carroça e de cometer crime ambiental, vive sob a vigilância de câmeras e radares que formam um “Big Brother” (não o da TV, mas o de George Orwell) e é achincalhado diariamente nas redes sociais por cobrar mais do que oferece.

Mas, mesmo diante dessas dificuldades, há bons motivos para celebrar, hoje, seu aniversário. A data festiva foi criada pelo presidente Getúlio Vargas em 1934, em homenagem à primeira estrada pavimentada e sinalizada do País, a Rio-Petrópolis, inaugurada em 13 de maio de 1926.

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A Washington Luís (seu nome oficial) tem 66 km de extensão. A rodovia começa na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro, percorre a bela Serra dos Órgãos, repleta de nascentes e riachos, e vai até a entrada da bucólica Cidade Imperial.

Esse nome foi escolhido porque a família real costumava passar temporadas por lá – as casas de campo onde a nobreza ficava viraram museus. Aliás, em Petrópolis há vários colecionadores de veículos antigos, da época de ouro da cidade.

Levamos para a Rio-Petrópolis um Modelo A Phaeton, de 1928, e um Fusion Hybrid 2015. Os dois modelos da Ford são símbolos de suas épocas e, por meio deles, dá para compreender a evolução pela qual o automóvel passou ao longo dessas oito décadas.


O primeiro foi um dos carros mais populares do mundo à época da inauguração da estrada brasileira. O Fusion, modelo global da marca, combina motores a gasolina e elétrico.

A Praça Mauá, onde nossa jornada teria início, virou um canteiro de obras por causa dos jogos olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Partimos, então, a bordo do sedã mexicano, da Avenida Brasil, primeiro trecho da estrada.

Espaçoso e confortável, o Fusion parecia um tapete mágico flutuando sobre via esburacada. Mérito da ótima suspensão de braços sobrepostos na dianteira e Multilink atrás. Assim foi até o carro contemporâneo encontrar seu antepassado.


Bastou colocar os dois carros lado a lado para constatar como a indústria acelerou desde 1928. O sentido que mais se aguçou no primeiro contato entre esses Ford não foi a visão, mas a audição. O motor 3.3 de quatro cilindros do Modelo A girava em marcha lenta, pronto para disparar seus 41 cv de potência, fazendo um “tó-tó-tó” para lá de simpático.

Já o Fusion permanecia em absoluto silêncio, embora seu motor elétrico estivesse pronto para acelerar – o 2.0 a gasolina de 143 cv entra em ação a partir dos 100 km/h. Talvez o sedã tenha ficado embasbacado pelo nível de originalidade do Fordinho, que ostenta placas pretas.

Diferentes, mas muito parecidos na essência da engenharia e em itens como pedais, abertura da portas e capô, rodas e funcionamento do motor, os Ford de 1928 e de 2015 comprovam que reverenciar o passado permite projetar o que iremos dirigir no futuro, mesmo que seja vendo a Serra de Petrópolis do alto de nossos carros voadores.


DECRETO

Artigo único. Fica considerada a data de 13 de maio como ‘dia do automóvel e da estrada de rodagem’, em comemoração à abertura da Primeira rodovia entre a Capital da República e a cidade de Petrópolis, construída por iniciativa do Automóvel Club do Brasil, sob o patrocínio dos poderes públicos e inaugurada oficialmente a 13 de maio de 1926; revogadas as disposições em contrário.”

Rio de Janeiro, 11 de maio de 1934


Getúlio Vargas

PAINEL


Rádio, ar-condicionado, computador de bordo… Nada disso nem sequer era imaginado, em 1928, pelos donos de Modelos A Phaeton. Mas já havia hodômetro, velocímetro, medidor de combustível e até iluminação do painel, feita por uma pequenina lâmpada incandescente. Os porta-luvas eram duas bolsas ao lado das portas e os assentos, com molas, não passavam nem perto de ter desenho envolvente.

DIAGNÓSTICO

O símbolo no capô do Phaeton esconde o termômetro da água do radiador, que fica à frente do motor, como o do Fusion. Graças à tecnologia, donos do Ford híbrido podem checar outros dados do carro, como carga da bateria e quanto foi recuperado de energia das frenagens. Há até alerta de mudança involuntária de faixa da pista e um monitor que mostra como guiar de forma a economizar combustível.


INTERIOR

Quem considera o espaço traseiro do Fusion muito bom, precisa ver o do Phaeton com atenção. No Modelo A, quem vai atrás viaja com as pernas esticadas e é preciso quase pular para bater com a cabeça no teto. Por sua vez, o Fordinho não tem ar-condicionado nem porta-malas de 392 litros. Mas, mesmo sendo agradável, sua cabine não encanta como a do modelo antigo, que tem estofamento cor de caramelo.


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