Pedágio free flow
Clayton de Souza/Estadão

Pedágio: Projeto de Lei quer baratear tarifa para carros com três ou mais pessoas

Projeto de Lei aprovado por comissão prevê redução na tarifa de pedágio em viagens compartilhadas nas rodovias brasileiras

Por Raphael Panaro 08 de jan, 2025 · 3m de leitura.

O projeto que pleiteia o desconto na tarifa de pedágio rodoviário para automóveis que transportem mais de três pessoas — incluindo o motorista — avançou na Câmara dos Deputados. A Comissão de Viação e Transportes aprovou o PL 4630/23. Agora segue para análise, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O texto precisa da aprovação de deputados e senadores para virar lei.

Enviada em setembro de 2023, a proposta é do deputado David Soares (União-SP). O objetivo é incentivar que os automóveis transitem com maior número de passageiros de forma de reduzir o número de veículos circulando nas vias”. De acordo com o deputado, carros que transportam apenas o condutor ou apenas mais um passageiro, ocasionam aumento de congestionamentos, da emissão de gases poluentes e dos riscos de acidentes.

Quanto será o desconto do pedágio?

Segundo o texto do PL, os editais de licitação deverão, sempre que viável tecnicamente, prever o desconto. As cabines de cobrança da praça de pedágio deverão conceder diretamente o benefício. Nos casos das vias com cobrança automática, chamadas de free flow, a redução deve ser na passagem pelo dispositivo, conforme viabilidade técnica. Por outro lado, a discussão de valores, tarifas e/ou porcentagens deve ficar para uma próxima etapa do projeto.


A ideia do projeto de lei tem inspiração nas hot lanes, faixas de rodagem de alta ocupação criadas nos Estados Unidos, diz o deputado e relator do PL, Marcos Tavares (PDT-RJ). O objetivo é incentivar viagens compartilhadas em rodovias expressas que cruzem extensas áreas urbanas. Tavares acredita que é preciso considerar este dispositivo na modelagem da concessão da rodovia.

O PL é viável? Para o advogado Rodrigo Guerin, há “questões relacionadas à isonomia, viabilidade de fiscalização e eventuais ajustes contratuais em concessões de rodovias”. A análise destas questões deve constar durante a tramitação do projeto.

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