MARCELO FENERICH
Para muitos motociclistas o capacete não é só um equipamento de segurança, mas um item em que é possível retratar o estilo de vida de quem está no comando do guidão. Que o diga o italiano Valentino Rossi, piloto campeão da MotoGP, que costuma trazer inovações na decoração do capacete, como a reprodução da imagem de seu próprio rosto, no GP da Itália de 2008 (foto abaixo).
Na capital, há várias empresas especializadas em personalizar o equipamento, como a Artmix Studios (5666-1409), em Interlagos, na zona sul. “O capacete tem um significado muito importante para quem o usa”, afirma o artista e proprietário da empresa, Bruno Theil. “É o objeto mais cobiçado e mais conservado pelo motociclista, pois garante um estilo, uma expressão individual.”
Responsável pela personalização dos capacetes do ex-piloto de MotoGP Alexandre Barros e da piloto de Fórmula Indy Bia Figueiredo, Theil cobra entre R$ 1.500 e R$ 3.000 por peça – esses preços não incluem o equipamento. “Tudo depende da quantidade de cores, dificuldade da geometria do desenho e da complexidade do trabalho.” Estampar a imagem de um rosto, como Rossi fez, sai por R$ 2.500. “Os trabalhos demoram, em média, dois meses para ficar prontos.”
Outra que atua nesse segmento é a Luna Aerografia (5512-2377), no Campo Limpo, também da zona sul. Lá, os preços vão de R$ 1.200 a R$ 2.500. “Procuro interagir com o cliente para buscar o que ele imagina”, conta José Carlos Luna, dono da loja e desenhista do capacete de Eric Granado, piloto brasileiro de motovelocidade. Ele diz que esse tipo de pintura leva cerca de um mês para ser feita.