Os engenheiros do Centro Técnico da Nissan, no Arizona, Estados Unidos, elaboraram uma picape baseada no Leaf. A ideia é que o Sparky, nome dado a invenção, sirva para atender às demandas internas de carga do centro técnico, que conta com 3.050 hectares, algo em torno de 3 mil campos de futebol.
Usando o mesmo motor de 108 cv do Nissan Leaf, a picape tem autonomia para rodar 160 km com apenas uma carga de bateria. O compartimento da picape do Leaf foi elaborado com os mesmos elementos da Nissan Frontier. Na Europa, o Nissan Leaf é vendido em 17 países, nos quais mais de 7 mil unidades circulam diariamente.
Além de ser um modelo que não emite gases, o elétrico Nissan Leaf pode ter uma outra utilidade: abastecer prédios comerciais. O sistema “Vehicle-to-Building”, inspirado no “LEAF-to-Home”, conecta até seis Leaf ao sistema elétrico do edifício.
A sacada é a seguinte: durante o dia, fora do horário de pico, a rede elétrica abastece os Leaf. Durante o horário no qual a energia elétrica é mais cara, o fluxo é o contrário: os carros fornecem energia para o prédio. Mesmo assim, o sistema garante que os carros estejam carregados para seus donos retornarem para casa no final do dia.
Durante testes no Centro de Tecnologia Avançada da Nissan, na cidade de Atsugi, no Japão, realizados desde julho, o prédio já economizou 25,6 kW, o que gerou uma redução de 2,5% na conta de energia elétrica do complexo. Por ano, a estimativa é que a economia seja de 500 mil ienes (cerca de R$ 11.350).
Panorama brasileiro. Na semana passada, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), aprovou a redução do imposto de importação para carros híbridos no Brasil. Porém, os modelos elétricos continuam pagando taxa de 35%.