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Picape média da Peugeot não terá Hilux como base
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Picape média da Peugeot não terá Hilux como base

Grupo PSA não revela com que empresa fará o desenvolvimento da nova picape; e adianta que novo C3 não vem ao Brasil

30 de set, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Picape média da Peugeot não terá Hilux como base
Grupo PSA planeja lançar uma picape média para disputar mercado na faixa da Hilux
O presidente do Grupo PSA (Peugeot, Citroën e DS) para a América Latina, Carlos Gomes, confirmou a existência do projeto de uma picape média.

Porém, ao contrário do que se previa inicialmente, o desenvolvimento não será feito em parceria com a Toyota, e não utilizará como base a Hilux.

Embora o grupo francês e a montadora japonesa já tenham trabalhado conjuntamente em alguns produtos – como no caso dos subcompactos Aygo (Toyota), C1 (Citroën) e 108 (Peugeot) -, a parceria não será repetida nesse caso. O executivo não confirmou quem será o parceiro na empreitada, e não descartou a chegada da picape ao Brasil.

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O plano de fazer uma picape para entrar no segmento foi revelado pelo Jornal do Carro em abril deste ano (leia aqui).

Se confirmada, ela vai encarar, além de Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10, as novas gerações da Nissan Frontier e Mitsubishi L200, além da renovada Volkswagen Amarok e das também inéditas Renault Alaskan e Mercedes, ainda sem nome (mas possivelmente batizada de GLT).

C3 sem renovação. Afora a picape, Gomes disse que a nova geração do Citroën C3, que acabou de ser apresentada em Paris, não irá ao Brasil. Segundo o executivo, o modelo atual atende bem ao público do País. Ele citou o bom nível de equipamentos do modelo e o fato de ele ser um dos mais econômicos do País com o motor 1.2 de três cilindros.


Também citou o mau momento da economia para justificar o fato de que o tempo entre a chegada de um carro na Europa e no Brasil pode aumentar novamente, como no início dos anos 2000. Segundo ele, os volumes atuais de vendas não justificam grandes investimentos.

Gomes também citou a excessiva tributação (o chamado “custo brasil”) como um entrave para exportações, pois ele gera falta de competitividade. Apesar disso, Gomes não considera os direitos trabalhistas como um problema ao crescimento.

“Há um problema de volatilidade extrema no Brasil”, afirmou, e complementou dizendo que, às vezes, em um mesmo mês há duas ou três mudanças na regra tributária.


Essas questões levam também a impedir que as duas marcas francesas consigam usar parte da produção de Porto Real (RJ) para exportação. Mesmo assim, o grupo tem feito alguns experimentos, e chegou a enviar recentemente uma remessa de Citroën Aircross para o Egito.

“O grupo PSA ainda não é rentável no Brasil e na América Latina, mas estamos tomando atitudes para colocar o grupo no caminho certo”, disse o executivo.

Viagem feita a convite da Anfavea


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