Picapes, utilitários e motocicletas são mais baratos em Manaus

Por causa dos impostos, alguns veículos comerciais produzidos no País custam até 22% a menos que em SP

Por 17 de ago, 2016 · 4m de leitura.
Em Manaus, a picape Toyota Hilux SRX cabine dupla custa R$ 167.550, R$ 22.420 a menos do que em SP
Na Zona Franca, a Hilux de topo – SRX, cabine-dupla, a diesel e com câmbio automático – tem tabela de R$ 167.550. Em São Paulo, a mesma picape é tabelada a R$ 189.970, ou R$ 22.420 a mais. Rival da Toyota, a Mitsubishi L200 Triton HPE 3.2, também a diesel e automática, sai a R$ 149.990 na capital paulista e a R$ 117.140 em Manaus. A explicação está na diferença dos impostos cobrados lá e cá.

Na Zona Franca há incentivos fiscais, resultado de convênios entre empresas privadas e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Podem se candidatar fabricantes nacionais de veículos comerciais, como as picapes. É o caso de Mitsubishi (L200) e Toyota (Hilux). O objetivo é contribuir com o desenvolvimento da região e compensar os custos mais altos que os do sudeste – além de ficar distante dos grandes centros consumidores, a Amazônia tem acesso precário. No caso das picapes, há isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e prestação de Serviços (ICMS).


Os incentivos incluem alguns utilitários-esportivos, como o SW4, também da Toyota. Nesse caso, há isenção de PIS e Cofins. Como esses impostos são mais baixos, o desconto para os jipões também é menor.

Em São Paulo, a tabela de um SW4 de topo (SRX a diesel, com câmbio automático e sete lugares) é de R$ 237.700. Na Zona Franca e em Macapá (AP), onde também há incentivos, o preço cai para R$ 231.670.

Motocicletas feitas em Manaus têm ICMS menor em alguns Estados, embora isso não mude muito os preços. Um scooter Honda SH300i é tabelado a R$ 23.590 em São Paulo e a R$ 23.204 em Rondônia, Amazonas, Acre e Roraima.


Apesar de alguns preços serem bem atraentes (como os das picapes), não compensa comprar o modelo em Manaus e trazê-lo para São Paulo. Isso porque os incentivos estão condicionados ao uso do veículo na região. Para trazer o carro, seria necessário recolher a diferença de impostos para poder fazer a transferência. Já os veículos de segunda mão mantêm os benefícios fiscais após três anos de uso.