Pilotos de moto vão à pista com Lamborghini

Dois pilotos de MotoGP trocaram por um dia as duas rodas por um carro. E foi o Lamborghini Huracán

Por 26 de mai, 2016 · 4m de leitura.
A Lamborghini tem uma escola de pilotagem, a Lamborghini Track Accademia
Piloto de moto não costuma fazer feio quando assume o volante de um carro de corrida. Como exemplo, pode-se citar o venezuelano Johnny Ceccoto (que correu na Fórmula 1, na DTM e na MotoGP) e o britânico John Surtees, o único piloto campeão de motociclismo (nos anos 50) e Fórmula 1 (na década seguinte).

Uma das razões que podem explicar isso é que talvez seja mais difícil chegar ao limite de aderência e estabilidade em um veículo de duas rodas do que em um automóvel – que ao menos na maioria dos casos está com quatro pontos de apoio no solo.

Então, quando pilotos de ponta de duas rodas vão para o cockpit, é quase certo que em poucas voltas eles consigam extrair quase tudo dos carros.


Aconteceu novamente, esta semana. A Lamborghini convidou o bicampeão de MotoGP Casey Stoner e o piloto Andrea Dovizioso para seu curso de pilotagem, a Lamborghini Track Academy.

E o que aconteceu? Na pista de Imola, na Itália, os dois se divertiram com o Huracán, tanto na versão LP 580-2 (de tração traseira), como no LP 610-4, de tração integral.

Ambos participaram do programa “Intensivo”, voltado a clientes da marca. Consiste em instruções de pilotagem, e de um dia na pista acompanhado de um instrutor, que auxilia com dicas para que se consiga extrair do esportivo tudo o que ele tem a oferecer, e com segurança.


Dovizioso disse que foi uma experiência extraordinária: “Embora seja um carro de rua, ele permite uma condução realmente esportiva, e eu fui melhorando a performance a cada sessão de testes”. “O motor é fantástico, e o som do V10 é estonteante, mas fiquei impressionado pela estabilidade e frenagem. Dá para frear forte até o ponto de tomada de curva, o que é uma grande diferença em relação às motos.”

O australiano Casey Stoner, que nunca havia corrido em Imola, afirmou que, embora à primeira vista o Huracán possa parecer difícil de ser guiado, por causa de sua aparência de carro de corrida, ele se mostra dócil: “Ele é ok para o dia a dia, mas um animal no autódromo. Comparado a motos, com ele pode-se acelerar além do limite e continuar com o pé embaixo mesmo em curvas”.