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Pirelli queimará 1.800 pneus de F1 que nunca foram usados
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Pirelli queimará 1.800 pneus de F1 que nunca foram usados

Por causa do cancelamento do GP da Austrália, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a Pirelli, fornecedora oficial da F1, vai descartar os 1.800 pneus que seriam utilizados na prova

Redação

19 de mar, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Pneus da Pirelli
Crédito:Jon Nazca/Reuters
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Com o cancelamento do GP da Austrália, a Pirelli se viu com nada menos que 1.800 pneus sem uso no país dos cangurus. O GP seria o primeiro da temporada, mas foi cancelado próximo da data, e não houve tempo para a fabricante redirecionar os pneus. Agora, a Pirelli resolveu que destino dará aos 1.800 pneus.

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Segundo Mario Isola, chefe de automobilismo da Pirelli, os 1.800 pneus serão esmagados em alguns cointeineres e enviados para o Reino Unido. Lá, eles serão reciclados num forno de alta temperatura. Incinerados, vão gerar eletricidade para uma fábrica de cimento britânica.

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E eles não podem ser reutilizados por um motivo simples. Eles perdem suas propriedades se retirados das rodas. Os arames e cintas se deformam e a marca não confia em usá-los novamente. Como as forças envolvidas são muito grandes e são pneus de alto desempenho, é mais seguro levá-los para o forno.

Pneus são importantes

Os componentes são mais delicados do que parecem. Eles são responsáveis pelo contato do carro com o asfalto e têm propriedades bem particulares. O motorista precisa estar sempre atento à calibragem. Se vazios demais, desgastam mais rapidamente nas laterais da banda de rodagem e comprometem o controle direcional. Se cheios demais, podem se desgastar primeiro na parte central da banda.


Buracos também podem ser fatalmente prejudiciais. Se o pneu formar uma bolha, a recomendação é trocá-lo imediatamente. A bolha ocorre a partir do rompimento das fibras internas, que deixam o ar escapar diretamente para a borracha. Isso significa que qualquer outra pancada pode ocasionar um estouro repentino e até causar um acidente.

Coronavírus faz FIA antecipar férias

Por causa do avanço do número de casos de coronavírus, as férias das equipes que participam da Fórmula 1 serão antecipadas de agosto para os meses de março e abril. A informação foi divulgada ontem pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

A ideia é que as corridas canceladas por causa do vírus ocorram em agosto. Outra mudança provocada pela pandemia do novo coronavírus é a ampliação do período de fechamento das fábricas das equipes. Em vez dos atuais 14 dias o novo período será de 21 dias.


 

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