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Plataformas modulares servem a vários modelos globais
Tecnologia

Plataformas modulares servem a vários modelos globais

Bases como MQB da Volkswagen, B0 da Renault-Nissan e GSV da GM estão em milhões de carros produzidos em todo o mundo; plataformas comuns reduzem custos de desenvolvimento

Redação

08 de dez, 2018 · 3 minutos de leitura.

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Base da VW está em quase 30 carros do grupo
Crédito:Fotos Volkswagen/Divulgação
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De alguns anos pra cá as maiores fabricantes de carro do mundo começaram a criar plataformas modulares, que servem a vários modelos sem grandes modificações. A necessidade foi para reduzir custos de desenvolvimento e facilitar os processos produtivos.

Uma das mais usadas é a MQB, da Volkswagen. Sigla para Modularer Queuerbasken, ou matriz modular, em tradução livre do alemão. A base unificou a posição de motor e câmbio em todos os carros em que é aplicada. Trata-se da parte mais custosa do desenvolvimento de um carro. É usada em quase 30 modelos do Grupo Volkswagen, das marcas Audi, Seat, Skoda e a própria VW.

O padrão de posicionamento é usado apenas nas partes críticas, entre painel corta-fogo e a ancoragem do motor. O restante do carro pode ter qualquer forma. Tanto que a MQB serve a carros tão diferentes quanto um Golf, um hatch médio, ou um Atlas, um SUV de grande porte. Em sua maioria, são modelos com tração dianteira, mas a plataforma prevê acomodação para tração integral.

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A Aliança Renault-Nissan também tem uma plataforma bem difundida. A B0 é usada em cerca de quinze modelos das duas marcas. É a que dá base aos Renault Logan e Sandero, por exemplo, bem como o SUV Captur.

GM tem base coreana

NA GM, uma das mais usadas é a GSV, de Global Small Vehicle. Ela dá base aos conhecidos Onix, Prisma, Spin, Cobalt e Tracker vendidos no Brasil. Também serviu aos Sonic, que saíram de linha por aqui, mas continuam à venda em outros mercados. Com origem sul-coreana, ela está em carros produzidos em 16 países pela GM e suas subsidiárias.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.