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Pneus: novas tecnologias para cumprir a lei
Tecnologia

Pneus: novas tecnologias para cumprir a lei

Programa de etiquetagem para pneus força fabricantes a melhorarem produtos e exibir resultados

18 de jun, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Pneus: novas tecnologias para cumprir a lei

Em 2016, todo pneu vendido no Brasil deverá trazer uma etiqueta com dados sobre eficiência para reduzir o consumo de combustível, aderência em piso molhado e nível de ruído. As fabricantes estão investindo pesado e, com isso, quem ganha é o consumidor, que terá à disposição produtos cada vez melhores - ao menos por ora, não há indícios de que as novas tecnologias vão causar alta nos preços.

Uma das apostas do setor são os microcompostos, que podem ser uma solução viável para equalizar características tão antagônicas. “Os pneus usados na Fórmula 1, por exemplo, tem baixa durabilidade, mas alta aderência”, explica o engenheiro de campo da Michelin, Flávio Santana.

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A utilização de polímeros multifuncionais (moléculas formadas pela repetição de pequenas unidades químicas), representa um grande avanço. De acordo com o gerente de marketing da Goodyear, Vinícius Rezende, esse processo teve início há menos de 15 anos. Até então, as melhorias nos produtos ficavam limitadas ao redesenho da banda de rodagem e alterações nas misturas das matérias primas (leia mais no quadro à direita).

Entre as novidades, a Goodyear acaba de lançar no País o EfficientGrip. Segundo informações da empresa, esse pneu é 14% mais eficiente em frenagens em pisos molhados que o modelo anterior. Seu concorrente direto é o Michelin Primacy 3, que também tem nota “A” no quesito arrasto.

ETIQUETAGEM


O programa brasileiro de etiquetagem de pneus é inspirado no modelo adotado na Europa no fim de 2012. Em linhas gerais, lembra o existente no País para itens da linha branca, como geladeiras e fornos de micro-ondas (obrigatório) e veículos (facultativo).

O formato é o mesmo. A letra “A” representa a melhor prestação na categoria e a “G”, a pior. O ruído será grafado em decibéis e “ondas”. Uma onda representa o pneu mais silencioso e três, o mais barulhento.

Diretor-superintendente da Continental, Renato Sarzano diz que, com o programa, o consumidor ganhará uma ótima ferramenta para comparar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado. Ele afirma que o preço não pode ser o aspecto mais relevante na hora da escolha dos pneus. “Algumas pessoas não se incomodam em pagar R$ 500 em um par de tênis, por exemplo, mas não querem investir metade disso em um item tão importante para a segurança.”


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