Em 8 de setembro, General Motors e Nikola Motor Company anunciaram uma parceria. O acordo incluía planos para a GM receber uma participação de 11% na startup, então avaliada em US$ 2 bilhões (mais de R$ 11 bi na conversão direta), e pagamentos de até US$ 700 milhões para construir a picape elétrica Badger em sua fábrica de Poletown, Detroit (EUA). Mas o negócio não anda tão bem das pernas e pode estar ameaçado de não seguir em frente.
No começo de setembro, as ações da Nikola vinham sendo negociadas a, aproximadamente, US$ 50. O negócio parecia nadar de braçada até que foi publicado um relatório pela Hindenburg Research. A empresa de consultoria afirmou que a startup mentiu sobre o desenvolvimento da tecnologia em células de hidrogênio para lucrar com investidores – inclusive a GM.
O fato repercutiu diretamente na bolsa de valores. As ações caíram mais de 60% desde então. Agora, estão cotadas a US$ 18. Nesse meio-tempo, com as denúncias de fraude, o fundador da Nikola, Trevor Milton, renunciou ao cargo. Isso deixou a situação ainda mais embaraçada.
Comunicado da GM
Com tantas reviravoltas, um dia antes da assinatura do acordo, GM e Nikola voltaram a discutir a parceria. A montadora deixou bem claro – em recente comunicado – que o acordo ainda não foi assinado com a startup. Segundo a fabricante, o prazo inicial – que vencia na quarta-feira (30) – não será cumprido.
Entretanto, a GM disse que a negociação continua caminhando e que não desistiu do investimento na Nikola. A marca da gravata dourada ainda pode rescindir o contrato até o dia 3 de dezembro.