O preço do seguro costuma ser um importante fator na decisão de compra do carro usado. Afinal, modelos importados e luxuosos, por exemplo, costumam ter apólices salgadas. Assim como esportivos ou veículos mais velhos. Como resultado, sete de cada dez carros que rodam no Brasil não têm seguro. De olho nesse mercado, a Ituran Brasil, empresa da área de rastreamento veicular, lançou opções que podem sair por menos de R$ 100 por mês. Confira, outras abaixo, formas de reduzir o preço do seguro.
Segundo Amit Louzon, CEO da Ituran Brasil, os novos seguros, batizados de Ituran com Seguro Light (ICS Light) e Ituran One, focam consumidores das Classes C, D. Bem como parte da B, que considera o seguro de carro como gasto, e não investimento. Vale lembrar que, para contratar as novas coberturas, o veículo deve ter ou receber um rastreador da empresa. Afinal, isso é fundamental para reduzir o risco de roubo e furto, bem como facilitar a recuperação do bem e evitar fraudes.
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Metade das ocorrências envolvem fraude
Conforme Louzon, cerca de 50% das comunicações de sinistro de veículos segurados são de furtos e roubo. Porém, 25% desse total são fraudulentas. Com isso, o custo fica mais alto, o que afasta muitos potenciais compradores. Seja como for, ele conta que com o uso combinado do rastreador foi possível reduzir o preço ao consumidor. “O Ituran com Seguro (ICS) custa até 40% menos que o compreensivo”, afirma o executivo. Esse tipo de cobertura prevê indenização em caso de colisão, incêndio e furto/roubo.
De acordo com o CEO da Ituran, quem opta apenas pelo rastreador paga a partir de R$ 57,90 por mês. Os planos incluem assistência 24 horas. Trata-se de uma vantagem e tanto, sobretudo porque a maioria das seguradoras não aceita modelos feitos há dez anos ou mais. E, no caso das que aceitam, os preços são tão altos que tornam-se proibitivos. Entretanto, no caso dos planos da Ituran, a idade média dos veículos segurados é de 9,5 anos. Além disso, o pagamento pode ser feito em até 12 vezes, sem juros.
Ituran envia alertas em caso de risco
Vale lembrar que a Ituran conta com parcerias de peso para garantir a cobertura. Ou seja, atua com empresas como Generalli, HDI, Mapfre e Tokyo Marine, por exemplo. Na prática, a obrigatoriedade da instalação do rastreador reduz o risco de sinistros. Bem como de fraude. Nesse sentido, o sistema pode enviar mensagens ao motorista caso ele esteja circulando ou estacione em regiões com maior risco de ocorrências, por exemplo. Outra vantagem é que a empresa aceita carros de aplicativo.
Seja qual for o veículo, o preço do seguro pesa na hora da compra. Assim, uma oferta convidativa na concessionária pode virar um mau negócio se sua apólice for cara. Segundo alguns corretores, conforme o ano e tipo, o custo pode ser de um terço do preço do carro. Porém, é possível reduzir o valor a pagar sem comprometer a cobertura. Para isso, o Jornal do Carro listou algumas dicas simples, mas valiosas.
Como reduzir o preço do seguro
Inicialmente, o ideal é consultar uma corretora de confiança. Isso porque a definição do preço do seguro varia de acordo com o tipo de veículo, perfil do interessado e região em que mora e por onde o veículo circula, por exemplo. Assim, um carro que roda principalmente na zona oeste pode ter apólice mais barata que o mesmo modelo que trafega a maior parte do tempo na zona sul. Vale lembrar que muitos consumidores acabam comprando serviços que não precisam.
Portanto, abrir mão de alguns extras podem reduzir o preço do seguro. É o caso de proteção de vidros, carro reserva, assistência residencial e guincho de longa distância, por exemplo. Segundo profissionais do setor, com isso o valor final poder ficar até 25% mais alto. Nesse sentido, quem usa o carro apenas na cidade em geral não precisaria pagar para ter garantia de guincho, por exemplo. Essa mesma lógica vale para a oferta de carro reserva.
Motoristas jovens encarecem apólice
Instalar rastreador também reduz o valor da apólice. Muitas seguradoras subsidiam esse serviço, que pode ficar até 15% mais em conta. Outra boa dica é avaliar bem o seguro com perfil fixo, em geral oferecido por bancos de montadoras e concessionárias para modelos recém-lançados. Esse tipo de apólice só compensa se o perfil for considerado de alto risco pela seguradora. É o caso de motoristas com menos de 21 anos, que podem fazer o preço do seguro ficar até 30% mais alto.
Além disso, quanto menos o segurado acionar o seguro, maior será o desconto na hora da renovação. Assim, é importante dizer que o prêmio, nome técnico do preço do seguro, é o calculado com base em vários fatores, que podem mudar conforme a seguradora. Portanto, os preços também podem ser diferentes. Por isso é importante consultar várias corretoras (ou seguradoras) antes de fechar negócio.
Revisão do preço do seguro é feita o tempo todo
Vale lembrar que todas as empresas fazem atualizações nos processos de cálculo o tempo todo. Assim, uma seguradora que cobra menos hoje poderá ter a cotação mais cara do mercado no mês que vem. Da mesma forma, veículos com baixo volume de vendas podem ter seguro salgado. Afinal, é provável que a oferta de peças de reposição seja menor. Com isso, em caso de sinistro o risco de o carro ficar muito tempo parado na oficina também deve ser considerado.
Além disso, há formas simples de reduzir o risco de sinistro. Por exemplo, prefira sempre estacionamentos e evite deixar o veículo na rua. Sobretudo em locais próximos a hospitais, escolas e universidades, por exemplo. Manter o veículo em ordem, seguindo o plano de revisão preventiva, também pode diminui a possibilidade de acidentes. Afinal, pneus e freios em bom estado garantem frenagens mais eficientes, bem como mudanças de trajetória feitas com segurança. Da mesma forma, manter a atenção no entrono e guiar com prudência é fundamental.
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