A alta do preço do petróleo no mercado internacional chegou ao Brasil. A Petrobras reajustou os valores da gasolina em 3,5% e o óleo diesel em 4,2% em suas refinarias. A revisão, que começou a valer a partir da zero hora dessa quinta-feira, é uma reação ao atentado a refinarias na Arábia Saudita, que fez com que a commodity oscilasse até 20% na última segunda-feira.
Nos últimos dois dias, o petróleo do tipo brent, comercializado na Europa, chegou a cair, mas não na mesma proporção da alta. A Petrobras, que mantém seus preços alinhados ao mercado internacional, chegou a manter os valores inalterados no início da semana, mas após questionamentos do mercado sobre uma possível ingerência do governo, reajustou os valores no mercado interno.
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A empresa tem especial interesse em demonstrar que possui independência e que a sua política de preços de combustíveis não está submetida a questões políticas. Caso contrário, não vai conseguir atrair investidores para comprar suas refinarias.
A decisão de repassar ou não a alta para os motoristas nos próximos dias é de cada dono de posto, que vai considerar outros fatores, como a demanda e a concorrência. “O reajuste vai chegar num dia em que a procura aumenta, numa quinta-feira, em que os motoristas enchem o tanque para o fim de semana”, disse o presidente do Sincopetro-SP, José Alberto Gouveia, que representa os revendedores de combustíveis no Estado de São Paulo.
“A Petrobras está plenamente consciente das implicações de aumentar seus preços, principalmente do diesel. Se aumentou, foi porque a pressão sobre os seus custos estava muito grande. Não foi só uma resposta ao mercado, para demonstrar que não está sujeita a ingerências políticas”, avaliou o especialista José Roberto Faveret, sócio do Faveret Lampert Advogados.
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