MILENE RIOS
A moda dos carros pretos foscos, que teve início na Europa e nos Estados Unidos, aos poucos invade as ruas do País. Por aqui, o processo mais comum é o envelopamento, que ficou mais conhecido em carros de passeio há cerca de um ano. A Preto Fosco (3751-4865), empresa especializada em adesivagem na zona sul, atendia, em 2009, dois carros por mês. Neste ano, o número subiu para 50.
“Os primeiros a aderir à moda do preto fosco eram donos de ‘carangões’. Hoje fazemos muitos modelos populares, como Gol e Celta”, afirma o proprietário da empresa, Paulo Surya Bento.
Lá, o processo é a seco – direto na lataria – e o preço varia de R$ 900 a R$ 3 mil, dependendo do tamanho do veículo e do grau de dificuldade (veja detalhes nas fotos menores) . “O New Beetle, por exemplo, apesar de pequeno, tem a carroceria curva e dá trabalho para moldar.”
De acordo com a diretora comercial da Decal Line (2106-0000), na zona leste, Thais Mota, 90% dos proprietários optam pelo envelopamento por questão estética, apesar de a película, segundo ela, ajudar a proteger a pintura original. “O preto fosco continua sendo o carro-chefe, mas há um aumento de pedidos pela cor branca fosca e fibra de carbono, usada mais nos detalhes, como retrovisor externo, teto e maçanetas.” Na loja, a adesivagem é feita com água e os preços começam em R$ 1.200.
A Film Arte (2651-0113), na zona leste, também faz o envelopamento com o carro molhado. Os preços partem de R$ 700, para picapes pequenas, e vão a R$ 2 mil.
Nas empresas consultadas, a garantia para o produto varia de um a três anos. Para remover a película, os custos partem de R$ 200 e podem chegar a R$ 400.
“A durabilidade média é de dois anos e a recomendação para conservar o produto é lavar com xampu neutro”, diz Fábio Silva, dono da Film Arte.
Legislação
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, se a cor da carroceria mudar mais de 50% ante a original, deve-se modificar os documentos do carro. Quem desrespeitar a lei fica sujeito a R$ 182,26 de multa, cinco pontos na CNH e apreensão do veículo.
