Na última semana, o navio Explorer N°1, da BYD, atracou no Portocel, em Aracruz (ES). Numa longa viagem que começou em Nigbo, na província chinesa de Zhejiang, a embarcação trouxe 5.524 veículos elétricos e híbridos ao Brasil. Mas, em meio a modelos das famílias Dolphin, Song e Yuan, o que mais chamou a atenção foi o Bao 5, que marcará o início das operações da submarca de luxo Denza no País.
Antes de falar do carro em si, cabe relembrar que, em novembro, quando foi até a sede da BYD, na China, o Jornal do Carro noticiou que a estratégia da marca para o Brasil incluía o lançamento de modelos de suas três submarcas. Ou seja, Denza, FangChengBao e YangWang terão modelos próprios no País. Entretanto, até por facilidade de pronúncia, todas ficarão sob o guarda-chuva Denza. E até o nome dessa primeira aposta – o Bao 5 – foi encurtado para não gerar confusão nos brasileiros. Por aqui, o SUV se chamará apenas B5.
O B5
Com visual parrudo e quadradão, o B5, para quem não se lembra, deu as caras no Brasil no Festival Interlagos 2024. A promessa é chegar às lojas ainda neste ano. Como destaques, motorização híbrida plug-in com 680 cv. Quem despeja tanta potência é a combinação dos motores 1.5 turbo a combustão e outras três unidades elétricas – como na picape Shark, com quem divide plataforma. A bateria deve render autonomia perto dos 100 km. Seja como for, a BYD afirma que o SUV consegue rodar 1.200 km no modo híbrido.

Com 4,89 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,92 de altura e 2,80 m de entre-eixos, o SUV tem quase três toneladas de peso e, mesmo assim, acelera rápido. Vai de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. Quem ajuda no trabalho é, por fim, o torque máximo, de 77,5 mkgf.
A marca ainda não deixa claro qual será a lista de itens de série que o B5 oferecerá no Brasil. Entretanto, o modelo (que tem tração 4×4) se destaca pelas três telas embutidas no painel. Essa terceira, no entanto (exclusiva para o passageiro dianteiro) pode não ter homologação no País.

“A chegada do BYD Explorer N° 1 ao Brasil pela segunda vez mostra nosso comprometimento em atender à crescente demanda por veículos eletrificados no País, enquanto preparamos o início da produção em Camaçari”, comenta Alexandre Baldy, vice-presidente Sênior da BYD Brasil e head comercial e marketing da BYD Auto em menção ao complexo baiano, que será o maior fora da China e terá capacidade para produzir 150 mil veículos por ano na primeira etapa e até 300 mil numa segunda etapa.
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