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Produção de veículos cai 19,7% em setembro
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Produção de veículos cai 19,7% em setembro

A produção de veículos no mercado brasileiro somou 261.184 unidades em setembro deste ano, um recuo de 19,7% ante agosto e uma queda de 6,2% na comparação com setembro de 2010. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6, pela Anfavea

06 de out, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Produção de veículos cai 19,7% em setembro

A produção de veículos no mercado brasileiro somou 261.184 unidades em setembro deste ano, um recuo de 19,7% ante agosto e uma queda de 6,2% na comparação com setembro de 2010. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O volume considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Nos primeiros nove meses deste ano, 2.604.108 veículos foram produzidos, uma elevação de 3,3% sobre o mesmo período de 2010. Nos 12 meses encerrados em setembro, a produção de veículos somou 3,46 milhões de unidades, um crescimento de 3,4% ante igual período anterior.

O vice-presidente da entidade, Luiz Moan Yabiku Júnior, afirmou que a queda em setembro era esperada, já que o mês costuma apresentar baixa de 9%, em média, na produção. Moan lembrou ainda que o período costuma ser de negociações salariais e das paralisações anunciadas nos últimos meses.

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A Fiat, que já havia dado três dias de folga para os funcionários no início de setembro, irá dar férias coletivas para 20% dos empregados entre os dias 10 e 20 de outubro. Informações do Sindicato dos Metalúrgicos dão conta de que a montadora tem mais do que 30 dias de produção em veículos parados nos seus pátios.

Segundo a Anfavea, em setembro o estoque média nas fabricantes é equivalente a 36 dias. Em agosto esse volume era de 37 dias. “Estamos dentro do normal”, disse o vice-presidente da associação durante a coletiva de imprensa. No entanto, esse é o maior nível desde novembro 2008, quando o número atingiu 56 dias.

Moan comentou ainda sobre a falta de competitividade dos produtos nacionais. ”As exportações continuam em queda e as importações subindo”. O mês de setembro encerrou com exportações de 44.646 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, um recuo) de 0,5% ante agosto e um declínio de 1,5% sobre setembro de 2010. Já a participação dos importados no mercado de veículos respondeu por 25,4% do total vendido no último mês, acima dos 22,5% de agosto.


De acordo com o executivo, o anúncio de aumento do IPI para veículos importados já mostra efeitos positivos para o Brasil, já que em uma semana foraa anunciados cerca de US$ 2 bilhões em novos investimentos no País, com a ampliação da fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR), a nova planta da Nissan em Resende (RJ) e a expansão do grupo PSA Peugeot Citroën.

As previsões de crescimento para 2011, de 5% nas vendas e de 1,1% na produção, permanecem inalteradas.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.