No mercado europeu, onde leva o nome de Micra, o March aposta em vários recursos de segurança ativa e conectividade para fazer uma carreira agressiva no segmento dos compactos premium (acima do que o modelo antigo ocupava, aliás). O recheio inclui ar-condicionado automático, sistema de som da Bose, monitores de ponto cego, reconhecimento de placas de trânsito, câmeras ao redor do carro e sistema de frenagem automática para evitar atropelamentos e batidas em trânsito urbano.
Mas e se o carro ganhasse uma versão de entrada extremamente básica, depenada de tudo o que fosse possível? O designer X-Tomi fez uma projeção que cortou na carne e reduziu o carro às suas linhas mais essenciais. Foram limados faróis de neblina, rodas de liga leve e até a pintura de para-choques e maçanetas na cor da carroceria. No interior, certamente poderia se esperar um empobrecimento no mesmo nível.
Continua depois do anúncioO carro perdeu parte de sua atratividade, mas poderia atrair outro tipo de público – talvez o típico comprador de um Sandero, que na Europa leva a bandeira Dacia e ganhou espaço como um produto de custo mais baixo. Entre um Micra e um Sandero, ambos “pelados” e com custo equivalente, muitos poderiam ficar inclinados pelas linhas mais arrojadas do Nissan.
No Brasil, talvez um Kicks mais barato também pudesse fazer frente ao Renault Duster – cuja versão de entrada, com rodas de ferro e para-choques de plástico sem pintura, não destoa muito da projeção espartana feita pelo X-Tomi.