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Projeções: Como será o novo Citroën C3, que estreia na próxima semana
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Projeções: Como será o novo Citroën C3, que estreia na próxima semana

Nova geração do Citroën C3 para mercados emergentes será revelada no dia 16, em transmissão mundial; hatch compacto vai virar mini SUV urbano

Diogo de Oliveira

10 de set, 2021 · 9 minutos de leitura.

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Projeções Novo Citroën C3
Projeções feitas pelo designer Kleber Silva para o Jornal do Carro mostram como deve ficar o novo Citroën C3
Crédito:K Design AG/Estadão

Na próxima quinta-feira, dia 16 de setembro, a Citroën vai revelar mundialmente o seu novo compacto para mercados emergentes, como o Brasil. Trata-se do novo C3, porém com outra silhueta. O hatch que ajudou a popularizar a marca francesa por aqui vai renascer como um pequeno SUV urbano. Assim, será posicionado abaixo do atual C4 Cactus, que é o único Citroën à venda no mercado brasileiro atualmente.

Ou seja, para a marca do duplo chevron, o novo C3 é o principal lançamento para os mercados asiáticos, como o indiano, e também para o Brasil e a América do Sul. No momento, a situação da Citroën por aqui é delicada. No Rio de Janeiro, por exemplo, a francesa tem apenas uma concessionária oficial, algo que certamente o grupo Stellantis, que desde janeiro controla as marcas da PSA, terá de rever rapidamente.

Até porque o novo C3 vem para vender volume. Nos planos da marca, há a expectativa de tornar seu SUV de entrada um dos modelos mais vendidos dentre os utilitários menores. Hoje, essa categoria ainda é representada por hatches aventureiros, como Hyundai HB20X e Renault Stepway. Portanto, o novo Citroën C3 vem reinventar esse segmento, que tende a sucumbir ao avanço dos SUVs nos próximos anos.

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Novo design da Citroën

Para o Brasil, o novo C3 estabelecerá uma nova fase da marca, bem como vai trazer o último design da Citroën. Já flagrado em testes, o compacto é mantido em segredo, e não teve sequer um flagra que mostrasse detalhes. Entretanto, em maio, fotos de uma miniatura entregaram o visual. O flagra, que foi publicado no perfil pine_0101, no Instagram, mostra três miniaturas do C3 com diferentes cores.

Projeções Novo Citroën C3
K Design AG/Estadão

O estilo da dianteira, portanto, terá inspiração no novo C3 Aircross europeu, que estreou no começo deste ano. Na dianteira, os faróis se unem à grade do duplo chevron e, dessa forma, dividem-se em dois nichos nas extremidades. Os de cima trazem a iluminação diurna de LEDs, e os de baixo, os faróis principais. Há ainda as luzes de neblina no para-choque.


O novo desenho faz a dianteira parecer robusta e alta. Essa sensação continua pelas laterais, com uma linha de cintura elevada. As colunas traseiras mais grossas realçam o tônus, e reforçam o aspecto de SUV. Atrás, as lanternas serão pequenas e também em posição elevada. Dessa forma, o compacto terá um balanço bem menor que o do C4 Cactus.

Além da suspensão mais elevada, o novo Citroën C3 terá os airbumps, aqueles apliques na saia das portas. Inclusive, visto de perfil, o modelo lembrará um pouco o SUV maior, exceto pela traseira mais curta. Afinal, para pagar menos impostos na Índia, o novo C3 precisa medir até 4 metros de comprimento. Por padrão, deverá ter, no máximo, 3,99 metros.

Base emergente

novo Citroën C3 foi feito na Índia com foco no baixo custo e expectativa de altos volumes. Por isso, o compacto nascerá de versão mais simples da plataforma CMP, em uso por modelos europeus da marca e pelo novo 208. Assim, deverá ter preços competitivos para brigar pela nova categoria de SUVs pequenos, que logo terá o Fiat Pulse.


Para a fábrica de Porto Real (RJ), a chegada do novo C3 inaugura também uma nova era com a introdução da base modular CMP. O SUV pequeno da Citroën será o primeiro de uma nova linha de carros das marcas da PSA. Além dele, a base deverá servir a outro SUV de entrada com o logotipo da Peugeot. O nome 1008 é um dos possíveis batismos para o modelo.

Projeções Novo Citroën C3
K Design AG/Estadão

Produção terá início no fim de 2021

Como já sabemos, o novo C3 será feito no Brasil, tal como na geração anterior, que saiu de linha no início de 2021. O mini SUV sairá, portanto, da fábrica da PSA em Porto Real (RJ), onde a produção está prevista para ter início em dezembro. O nome ainda é segredo, mas a marca francesa deverá manter o batismo, bem como o sobrenome Aircross.


Assim, é esperado que o novo Citroën C3 chegue às lojas brasileiras logo no início de 2022. A expectativa é de que as vendas tenham início ainda no primeiro trimestre ou, no máximo, até abril. Porém, isso dependerá da estratégia que a marca francesa adotará em relação às versões, equipamentos e, principalmente, na escolha dos motores.

De início, espera-se que o novo C3 traga a mesma mecânica do Peugeot 208. Ou seja, o motor 1.6 16V flexível de até 118 cv e 15,47 mkgf, e o câmbio automático de seis marchas. Além deste conjunto, o modelo deverá oferecer o motor 1.0 Firefly da Fiat, capaz de gerar até 77cv de potência e 10,9 mkgf de torque com etanol, e câmbio manual de cinco marchas.

Entretanto, está previsto que o Citroën ofereça o novo 1.0 GSE turbo, da Stellantis. Este motor vai estrear no Fiat Pulse nas próximas semanas, junto com o novo câmbio CVT.




Expectativa é alta

Essa nova geração do C3 para emergentes será o primeiro grande lançamento da Citroën na era Stellantis. Por isso, há enorme expectativa para o modelo, que deverá responder por grandes volumes na Índia e também no Brasil. Lá no país asiático, a marca francesa espera chegar a uma produção de 100 mil unidades já em 2022.

No Brasil, projeções iniciais apontam para um total de pouco mais de 70 mil unidades anuais do mini SUV feitas em Porto Real. Entretanto, este número considera outros mercados da América do Sul, para onde o novo C3 será exportado. De toda forma, estamos falando de um incremento exponencial. A Citroën vendeu 13.476 carros no Brasil em 2020.

*As projeções do novo Citroën C3 foram cedidas com exclusividade pelo designer Kleber Silva, da K Design AG, ao Jornal do Carro.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.