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Ram 1500 de R$ 419.990 vende primeiras 100 unidades em 18 horas
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Ram 1500 de R$ 419.990 vende primeiras 100 unidades em 18 horas

Picape Ram 1500 Rebel teve pré-vendas esgotadas de um dia para o outro; montadoras vêm conseguindo bater recordes mesmo em tempo de pandemia

Vagner Aquino

15 de dez, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Ram
Ram 1500 Rebel esgotou em apenas 18 horas
Crédito:FCA/Divulgação

A nova Ram 1500 Rebel foi lançada no Brasil no dia 10 de dezembro. O primeiro lote, de 100 unidades, acabou em apenas 18 horas. Isso de acordo com informações da marca.

A picape tem preço sugerido de R$ 419.990. Para garantir a compra, o interessado teve de dar um sinal no valor de R$ 20 mil. A conclusão é que, se há crise, ela não afeta a todos.

Isso mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. A disseminação da doença vem causando fortes estragos na produção e vendas. Inclusive no setor automotivo. Mas a nova picape feita no México chegou com tudo.

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“Sabíamos do grande interesse pela Ram 1500, mas não imaginávamos que a pré-venda terminasse tão rápido.” A frase é do diretor da marca Ram para a América Latina, Breno Kamei. “O que nos deixa confiantes de que fizemos as escolhas corretas para esse lançamento tão aguardado”, diz.

Ram
FCA/Divulgação

Ram na garagem só em abril

Os compradores que garantiram a compra receberão o modelo só em abril. E os pedidos continuam, porém, com entregas agendadas para maio. Aliás, para quem não se recorda, o sucesso em questão é equipado com o pacote opcional Level II, que inclui, entre os mimos, itens como head-up display, retrovisor interno digital, tampa traseira multifuncional (abre para baixo ou lateralmente), som Harman Kardon de 900 watts, entre outros. Ou seja, nem é a mais barata.


Outros sucessos de 2020

Há quem reclame de 2020, mas muita montadora por aí está com os negócios indo de vento em popa. Quem aí não se lembra da Audi, que em maio vendeu todas as unidades de pré-venda do superesportivo R8 em uma semana. Este primeiro lote, a princípio, foi prometido apenas para setembro aos compradores. Compradores estes que, contudo, gastaram nada menos que R$ 1.234.990 pela unidade do cupê de motorzão V10 e 610 cv de potência.

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Audi/Divulgação

Mas não pense que o sucesso da montadora das quatro argolas parou por aí. Na semana passada, sobretudo, foi divulgado o número de pedidos da linha esportiva RS. Nada menos que 500 unidades. Sim! Mesmo com aumento de R$ 30 mil em modelos como RS 4 Avant de julho para cá, muitos consumidores não dão bola para reflexos econômicos como alta do dólar, por exemplo. Afinal, estamos falando em pessoas que podem pagar, no mínimo, R$ 440 mil pelos modelos TT RS, RS 4 Avant e RS 5 Sportback.


E tem modelo mais barato também

Até agora, explanamos apenas modelos a partir de R$ 400 mil. Mas um acontecimento recente aponta que o fenômeno não é exclusivo do universo de modelos de luxo. O Volkswagen Nivus, por exemplo, vendeu seu primeiro lote, exclusivo para o site, em 7 minutos. Foram 1.200 unidades comercializadas, no total, ao longo do dia, tanto na internet quanto nas revendas da marca. À época (no fim de junho), o modelo custava entre R$ 85.890 e R$ 98.290. Hoje, vai de R$ 89.150 a R$ 102.050.

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Volkswagen/Divulgação

Também pertencente ao Grupo Volkswagen, a Porsche não tem do que reclamar no Brasil. Turbinadas no período de isolamento social, as vendas da marca alemã estão batendo recorde atrás de recorde. Em setembro, a fabricante teve alta de 62,5% no acumulado do ano – 2.023 unidades contra 1.245 emplacamentos, respectivamente. Na ocasião, inclusive, já havia superado o volume de 2019.


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Porsche/Divulgação

Bom para uns, ruim para outros

Ainda com esse cenário, a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos (Anfavea), acredita num recuo de 31% nos emplacamentos de 2020 na comparação com o ano passado. Para a Abeifa, associação dos importadores de veículos, a situação é grave, afinal, diversas marcas sem fábrica no Brasil estão passando por situação difícil. Na visão da entidade, a única saída para salvar 2020 é driblar a pressão sobre os preços dos importados, reduzindo o imposto de importação de 35% para 20%.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.