A morte de Ratan Tata, dono do Grupo Tata – que tem entre as empresas a Jaguar Land Rover – deixou alguns herdeiros inusitados. Sem esposa e filhos, boa parte de sua fortuna do empresário (avaliada em quase R$ 680 milhões), que morreu em 9 de outubro aos 86 anos, irá para seu cachorro. Considerado seu “companheiro de vida” por ter ficado ao seu lado por 11 anos, Goa deverá ter uma vida de cuidados ilimitados, de acordo com o testamento do milionário.
Além do cão, Tata deixou alguns milhões de seu patrimônio para seu cozinheiro, Rajan Shaw, e seu mordomo e assistente-geral, Konar Subbiah. Já seu irmão, Jimmy Tata, e duas meia-irmãs, Shireen e Deanna Jeejabhoy foram retirados do testamento antes da morte do empresário e ficarão apenas com parte de algumas propriedades, conforme informações da imprensa indiana.
Entretanto, a maior parte da quantia ficará a cargo da Ratan Tata Endowment Foundation, criada em 2022. A organização sem fins lucrativos tem como objetivo continuar com o legado de filantropia e serviço social que sempre fizeram parte da história de Tata.
Quem foi Ratan Tata?
Nascido em 1937 em Bombaim (hoje Mumbai), o indiano Ratan Tata pretendia, a princípio, ser arquiteto. Quando trabalhava, nos Estados Unidos, sua avó o incumbiu de voltar para a Índia a fim de tocar os negócios da família. Desse modo, começou na Tisco (hoje, Tata), em 1962. A princípio, sua função era atuar no chão de fábrica.
Anos se passaram e o empresário assumiu o comando geral do império da família em 1991. Em 2008, fez história ao lançar o carro mais barato do mundo, o Nano (acima). Seu mandato como presidente, contudo, durou até 2012. Sob seu comando, a empresa prosperou e ampliou seus domínios para diversos segmentos, incluindo a indústria automotiva. Tanto que ampliou sua presença global, inclusive, se apoderando de marcas de luxo britânicas. Hoje, o grupo tem 114 empresas em sete setores da indústria.
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