Tiago Dantas
Nem sempre pagar caro para estacionar é garantia de tranquilidade. Eventos de fim de ano e a procura pelo comércio de rua antes do Natal fazem subir os preços das garagens. Além disso, para alguns motoristas aumenta a preocupação de ter o carro riscado pelo manobrista ou ainda algo furtado no veículo.
Reclamações que envolvem estacionamentos cresceram 28% neste semestre, segundo o Procon. O número de clientes que denunciaram furtos, roubos, cobranças indevidas ou abusivas e danos ocorridos em garagens subiu de 313, no primeiro semestre, para 400, entre julho e dezembro.
No dia 5, a designer C.R., de 35 anos, achou que os R$ 50 cobrados por um estacionamento da Rua Barão de Duprat, no centro, seriam suficientes para garantir que nada de errado aconteceria com seu carro, um utilitário blindado. Ao voltar das compras na Rua 25 de Março, duas horas depois, C. descobriu que seu veículo tinha sido furtado.
“Os funcionários disseram que não sabiam o que aconteceu”, afirma C. O seguro da garagem está avaliando o pagamento do sinistro. Na região da 25, estacionamentos cobram de R$ 15 a R$ 30 pela primeira hora e entre R$ 10 e R$ 15 pela hora adicional.
Nem todos os casos são tão sérios. O Ford Fiesta do publicitário Thiago Novaes, de 28 anos, ganhou um risco na lateral esquerda do para-choques em um estacionamento na região da Avenida Faria Lima, zona sul, onde garagens cobram de R$ 20 a R$ 30 pela primeira hora. “Paguei R$ 30 para os caras amassarem meu carro.”
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FIQUE DE OLHO
Preço – Os preços dos estacionamentos não são tabelados. Eles devem ficar em local visível e de fácil leitura, segundo o Procon;
Danos – A assessora técnica do Procon Fátima Lemos diz que o ideal é fazer uma vistoria no carro assim que recebê-lo no estacionamento para ver possíveis danos;
Reclamação – Ao notar amassado ou sentir falta de algo, cliente deve avisar o estacionamento por escrito e, se necessário, prestar queixa.