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Redescobrindo o Brasil: Salvador é pura história e contraste
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Redescobrindo o Brasil: Salvador é pura história e contraste

Primeira capital do País, a cidade é um museu da história brasileira a céu aberto

08 de dez, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Redescobrindo o Brasil: Salvador é pura história e contraste
Capital da Bahia é a cidade com maior população negra fora da África

Com quase três milhões de habitantes, segundo o CENSO do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salvador carrega uma série de adjetivos, todos igualmente justos, para aquela que foi a primeira capital do Brasil, antes do Rio de Janeiro, e que é a história viva do nosso País e um caldeirão cultural sem igual.

Na capital soteropolitana, cidade com maior população negra fora da África, o retrato do início da colonização do nosso País e da herança africana é fortíssimo e começou na segunda metade da nossa expedição “Redescobrindo o Brasil”. A cidade mostra imensos contrastes, entre o moderno e o antigo e entre as diferentes religiões que habitam o mesmo local.

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A cultura africana se destaca nos nomes das ruas e bairros, nos termos usados pela população e nos penteados que adornam a cabeça de homens e mulheres em qualquer canto da cidade.

Clássicos do turismo são visitas necessárias em Salvador, como o Pelourinho, o Elevador Lacerda, a igreja do Bonfim e o mercado modelo. No Pelourinho, além da história que ainda vive por meio dos casarões antigos que foram mantidos, algumas lendas aguçam a curiosidade, como a de que as casas eram todas coloridas porque os escravos não sabiam ler e identificavam, por meio das cores, a qual casa pertenciam.

A visita ao Elevador Lacerda é a intersecção entre a cidade baixa e a alta, oferecendo uma vista linda e convidativa para fotos. Na igreja do Senhor do Bonfim e suas tradicionais fitinhas, a dica é não comprar dos ambulantes, já que cobram mais caro que as lojinhas nos arredores.


Para quem busca agito, o bairro de Rio Vermelho é o lugar do meio da semana para a frente, quando a orla fica lotada de mesinhas dos bares e quiosques ali instalados. Nessa época do ano é bom ficar atento também ao início dos ensaios de carnaval, que ocorrem à noite em várias localidades, como na Praça das Artes, no Pelourinho.

Quem estiver afim de sossego e descanso pode optar pelas praias mais distantes, como Stella Maris e Itapuã. Elas geralmente estão mais vazias, mesmo com resorts nas proximidades. É bom ser turista, mas viver o que aproveitam os locais também é. Para isso, há um roteiro que foge do trivial: no lado oposto ao Pelourinho há o bairro de Santo Antonio, que fica depois do convento do Carmo, onde há cafés e pequenos bares e restaurantes que têm uma excelente vista para o mar das sacadas ao fundo dos antigos casarões onde estão instalados.

A feira de São Joaquim é outro passeio fora do usual. De rua, ela tem barracas de artesanato e venda de condimentos, como vidros de pimenta ou temperos, além de itens religiosos.


Para encerrar o dia, há o calçadão da Praia da Barra, que é bem urbanizado. Em uma das pontas está o conhecido Farol da Barra, de onde é possível ter uma linda vista da região e também aproveitar o por do sol. Mas se quiser um por do sol “alternativo” e com muito menos movimento, há a Ponta de Humaitá, que tem um farol no nível do mar e permite enxergar boa parte da orla da cidade baiana.

Culinária.Há muito mais da culinária de Salvador que as cocadas e o acarajé de rua. Se há os já conhecidos e sempre indicados “points”, como o Paraíso Tropical, Tabuleiro da Cira e da Dinha, Soho, Al Mare, entre outros, há também quem trabalhe pela culinária local, como o Restaurante-Escola do Senac.

Ele fica no Pelourinho e os cozinheiros são os alunos da escola de gastronomia, chefiados pelos professores. O buffet é livre e traz também doces tradicionais, como a cocada. Custa R$ 56 e funciona de segunda a domingo das 11h30 às 15h30. A dica é fazer a digestão conferindo o Museu da Gastronomia Baiana do Senac, que é pequeno, mas dá uma amostra da história da comida na Bahia.


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