O fim da produção da Kombi, no dia 31 de dezembro, cria uma pergunta difícil de ser respondida: quem será o sucessor do mítico utilitário da Volkswagen? Uma das candidatas é a van Rely Link. Tabelada a R$ 47.990, é destinada ao transporte de passageiros, mas foi homologada como veículo misto.
“É possível remover os bancos e utilizá-la para transportar cargas”, diz o diretor de operações da marca chinesa no Brasil, Valdir Romero. Incluindo o motorista, há lugar para oito pessoas em três fileiras de bancos, que ocupam quase toda a cabine da van, que tem 4,04 metros (mesmo comprimento do hatch Chevrolet Sonic). Não há área para bagagens.
Leia também: Série final da Kombi tem preço de R$ 85 mil
O desenho externo agrada e há bom espaço para os ocupantes no interior, no caso dos que ocupam as duas primeiras fileiras. Já viajar na terceira só não é inviável porque o banco da frente pode ser deslocado sobre trilhos. Merece elogios o acesso à cabine: há portas corrediças de dois lados da carroceria.
De série, a Rely traz air bag duplo, freios ABS, direção hidráulica, rádio com MP3 e travas e retrovisores elétricos.
A posição de guiar é elevada e a visibilidade, boa. Porém, os retrovisores externos em formato triangular ampliam os pontos cegos. Soltar o freio de estacionamento é difícil, pois a alavanca fica mal posicionada, muito próxima ao banco do motorista. O volante tem aro fino demais, mas em compensação a direção é leve, o que facilita nas manobras. A alavanca do câmbio tem acionamento impreciso e ruidoso. O pedal da embreagem emite um rangido incômodo sempre que acionado. A suspensão é firme e não se dá muito bem em pisos esburacados.
O motor 1.3 de 83 cv, a gasolina, precisa ser muito exigido para dar agilidade ao carro de 1.250 quilos. Ele tende a maltratar o ouvido dos ocupantes em acelerações fortes e quando o carro roda acima de 100 km/h. Neste caso, a van é muito vulnerável a ventos laterais. Além disso, falta eficiência aos freios.