Renault é investigada por fraude em motores

Polícia promoveu ação em várias fábricas da marca buscando indícios de adulteração em motores a diesel

Por 14 de jan, 2016 · 3m de leitura.
Sede da Renault foi alvo de ação de secretaria anti-fraude da França

As consequências do “Dieselgate”, como vem sendo chamado o fraude da Volkswagen aos testes de emissões (por meio de uso de software nos motores de seus carros a diesel), estão atingindo outras marcas.

Na última semana, a sede da Renault e outros dois centros técnicos na França foram alvos de uma ação da polícia que buscava indícios ou provas de adulteração nos equipamentos utilizados pelas fábricas. Além disso, computadores de diretores da companhia foram levados para perícia.


Em um comunicado oficial, a Renault confirmou a ação policial e informou que antes de ela acontecer, 25 carros da marca que utilizam motores a diesel foram examinados – o que ocorreu no final de 2015. As medidas estão sendo comandadas pela secretaria anti-fraude do Ministério da Economia da França.

O resultado de toda essa movimentação ao redor da Renault foi sentido nas bolsas de valores. As ações da companhia caíram 21% na bolsa de Paris. Com isso, o valor da empresa caiu US$ 6,3 bilhões.

Volkswagen. O caso para a marca alemã está gerando uma série de consequências. A empresa se desfez do slogan “O Carro” em todo o mundo. Além disso, terá de pagar diversas multas.


No Brasil, a companhia foi multada em R$ 50 milhões pelo Ibama, órgão responsável por assuntos ligados ao meio ambiente, por vender a picape Amarok com o software que enganava os testes de emissões.

Nesta semana, foi divulgado que os EUA não aceitaram o projeto de reparo dos carros a diesel afetados por lá, por não garantir que as mudanças vão deixar os carros dentro do padrão de emissões do País. Por lá, a multa a ser paga pela empresa pode chegar a US$ 90 bilhões.