Cerca de duas semanas após a Renault anunciar o investimento de R$ 1,1 bilhão no Brasil, e confirmar cinco lançamentos até meados de 2022, já começamos a ter sinais da chegada desses modelos ao país. Isso porque a montadora homologou nesta semana peças da nova geração do Sandero no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Embora o novo CEO da marca francesa, Luca de Meo, afirme que a Renault vai investir em segmentos mais lucrativos com alto valor agregado, ele praticamente confirmou a adoção da plataforma CMF-B no Brasil. A arquitetura modular servirá ao trio Sandero, Logan e Stepway, bem como ao próximo Duster e ao inédito SUV Bigster, um rival do Jeep Compass.
Ainda que a fabricante não confirme diretamente a produção nacional desses modelos, partes do Sandero estão no registro. Rodas, capô, para-choques dianteiro e traseiro, portas traseiras e tampa do porta-malas agora constam na revista do INPI. Além disso, a publicação mostra a barra de teto do hatch aventureiro Stepway.
Contundo, a nova geração do hatch é vendida na Europa pela Dacia. Inclusive, o para-choque ainda leva o formato do emblema da montadora romena. Dessa forma, o registro serve apenas para proteger o desenho sob a lei e garantir seu design. Assim, a Renault ainda deverá realizar algumas mudanças estéticas no modelo.
Vale lembrar que, antes da apresentação dos renovados modelos, a marca admitiu que a nova geração do trio que será feita no Brasil seria diferente da vendida na Europa. A Renault quer resgatar um design próprio no país e distanciar seus carros dos desenhos dos modelos da Dacia.
Logan virará Taliant?
O Logan é um dos modelos que carrega a incerteza do design. Mesmo que a sua versão Dacia tenha evoluído e tenha mais tecnologia embarcada, tem um novo produto da Renault que pode ser interessante para o Brasil. Estamos falando do Taliant, a o novo Logan com o emblema do losango.
Apresentado na Turquia, o sedã é feito na plataforma CMF-B e apresenta a nova identidade visual da Renault. Contudo, carrega características visuais comuns entre os modelos da montadora, como o capô bem vincado e conjunto ótico integrado à grade e com luzes de LED em formato de “L”. Desse modo, a nova geração do Logan é claramente mais requintada do que o três volumes vendido por aqui.
Curiosamente, a Renault já registrou o Taliant no Brasil, em 2020. Ou seja, é um indicador de que a nova geração do Logan estreie no Brasil sob a prospecção da marca francesa. Outra questão fica a cargo do próximo nome: o sedã pode seguir chamando Logan ou pode levar o nome de Taliant com o intuito de marcar a nova fase da empresa e do modelo.
Da mesma forma, não há confirmação sobre o início de produção do hatch e sedã na planta de e São José dos Pinhais (PR). Entretanto, eles estão entre os cinco produtos que a Renault oferecerá no Brasil até meados de 2022.