Presente em veículos com tração 4×4 de uso temporário, a roda-livre serve para desconectar as rodas dianteiras da transmissão, permitindo a elas girar em falso. Isso ajuda a economizar combustível e componentes como semi-eixos e conexões. Há dois tipos de roda-livre: manual e automática. Na primeira, uma chave no centro das rodas dianteiras deve ser girada para a posição “4×4” ou “locked” (travado, em português) toda vez que for necessário acionar a tração. Na automática, a conexão é feita sem intervenção.
O publicitário Alex Petrillo, praticante assíduo de aventuras off-road, diz que para quem faz trilhas leves o sistema automático é mais indicado. “Mas para o uso pesado, a melhor é a manual.” Conforme explica o preparador de veículos 4×4 Sebastian Barrionuevo, a principal vantagem da automática é que o motorista não precisa se sujar para acioná-la. Em algumas automáticas é preciso movimentar um pouco o carro para concluir o acionamento. “Ou seja, se o veículo estiver atolado, o sistema pode não funcionar.”
Em jipes com roda-livre automática, é possível fazer a troca pela manual. Na loja especializada Alternativa 4×4, o item para um Suzuki Vitara custa R$ 450. A automática é mais cara, R$ 650. Barrionuevo diz que existe uma terceira opção, o chamado “queixo duro”. É uma flange que substitui a roda-livre e mantém os semi-eixos sempre conectados. “É um recurso para o off-road pesado, usado em rock crawling (escalada de pedras).”