Se fosse possível transformar o novo S 63 AMG Coupé em uma pessoa, ele seria um homem de cerca de 40 anos, que usa roupas bem cortadas e mistura um ar chique e ao mesmo tempo descolado. E, como malha todos os dias, dispara na frente de seus pares quando resolve sair para correr ao ar livre.

Tabelada a R$ 829.900, essa versão de duas portas do modelo de topo da Mercedes-Benz tem motor V8 biturbo de 585 cv e ótimos 92 mkgf de torque. Isso faz do cupê alemão uma ótima opção para quem quer um carro exclusivo, bom de acelerar, bonito, com acabamento primoroso e não enfrenta nenhum dilema na hora de conferir o extrato bancário.

Não por acaso, na linha S as versões mais vendidas no Brasil são as da divisão AMG, de preparação da marca alemã. Com visual e desempenho esportivo, são as mais caras da marca.

Por fora, chamam a atenção as grandes entradas de ar nos para-choques dianteiros, assim como os vincos laterais, que deixam o carro “musculoso”. As rodas de liga leve do pacote AMG têm 19 polegadas e são calçadas em pneus 255/45 na dianteira e 285/40 atrás. Os freios, com discos de cerâmica, têm pinças especiais pintadas de vermelho.

Os 47 cristais Swarovski na parte interna dos faróis soam como algo um tanto exagerado. Já na traseira, as lanternas de LEDs, saídas duplas de escapamento e a tampa curta do bagageiro criam um belo conjunto.

A cabine, revestida de couro claro na unidade avaliada, é um show à parte. Há amplo espaço para quatro pessoas e o acesso ao assento traseiro é facilitado pelo deslocamento elétrico dos bancos da frente.

Ao dar a partida, um urro grave faz lembrar que esse é um legítimo AMG. Por meio de um botão é possível escolher o modo de condução, mas, mesmo no Sport, a velocidade é limitada eletronicamente a 300 km/h.

Basta tocar no acelerador para o S 63 arrancar com força. As trocas do câmbio automático de sete marchas impressionam pela precisão e rapidez. E a suspensão aliada aos controles eletrônicos mantêm o carro na mão.