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Saiba como são feitos os testes de colisão nos carros
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Saiba como são feitos os testes de colisão nos carros

Latin NCap avalia a segurança dos carros vendidos no País por meio de testes de impactos

Redação

17 de jan, 2018 · 6 minutos de leitura.

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Teste de segurança feito pelo Latin NCap
Crédito:Foto: Latin NCap
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Os testes de segurança para veículos vendidos no Brasil são feitos pelo Latin NCap. Trata-se da divisão para a América Latina do instituto que realiza as avaliações de impacto (crash tests) na Europa e Ásia, por exemplo.

Os veículos recebem pontos, representados por estrelas, de acordo com o resultado do teste. São considerados o grau de proteção para os ocupantes adultos e para as crianças.

O zero é para os que não atingiram o nível mínimo esperado de segurança. Os mais bem avaliados recebem cinco.

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Inicialmente, o Latin NCap aplicava apenas o teste de impacto frontal. Neste ano, a adoção do teste de impacto lateral resultou em notas zero para carros importantes como Chevrolet Onix e Ford Ka.

O teste de impacto frontal simula o tipo de ocorrência mais frequente e que mais resulta em morte ou ferimentos graves aos ocupantes. O ensaio é feito com o carro a 64 km/h – o veículo se choca contra uma barreira deformável.

Na frente, dois dummies (bonecos) simulam adultos. Atrás, há outros dois, correspondentes a crianças de 18 meses a 3 anos, em cadeirinhas de retenção. “As leituras obtidas a partir dos dummies são usadas para avaliar a proteção aos adultos que viajam na frente”, informa o instituto.


No teste de impacto lateral, uma barreira é projetada contra o carro a 50 km/h. São usados três dummies: o da frente representa o motorista ou um passageiro, enquanto os dois de trás são crianças posicionadas em cadeirinhas. Segundo o Latin NCap, os impactos laterais são a segunda causa mais recorrente de mortes e lesões graves em acidentes na Europa.

Impacto frontal

No teste de impacto frontal, é avaliado, a partir da leitura obtida por meio de sensores, o choque do dummy contra partes intrusivas da cabine (volante e painel, por exemplo). Segundo informações do Latin NCap, esse tipo de contato é a principal causa de ferimentos graves e letais em ocupantes adultos em caso de acidentes. São mensurados também os efeitos causados pela desaceleração brusca do veículo. Há dois equipamentos importantes que contribuem para o carro ir bem nessa avaliação: air bags e cinto de segurança com pré-tensionador. As bolsas frontais duplas são obrigatórias nos automóveis à venda no Brasil, e amenizam o choque dos ocupantes com partes intrusivas. Se o veículo tem air bags para os joelhos, as chances de ser bem avaliado no teste aumentam. Já o pré-tensionador melhora a eficiência da retenção em caso de desaceleração severa.


Impacto lateral

Nos dummies submetidos ao teste de impacto lateral, é avaliado se houve proteção adequada às partes mais importantes do corpo do ocupante. De acordo com informações do Latin NCap, os critérios mais relevantes para um carro se sair bem nessa avaliação são a presença de air bags laterais e reforços na estrutura da carroceria. Os Renault Kwid e Volkswagen Polo, por exemplo, que trazem esses itens de série.

Pontos


O Latin NCap avalia também três sistemas de segurança presentes nos carros oferecidos no País. Quanto melhor for o comportamento dessas tecnologias, mais chances o veículo avaliado tem de obter nota cinco. É a máxima possível pelos critérios do instituto. Esses recursos são: sistema eletrônico de estabilidade, aviso de falta de uso de cinto de segurança e freios antitravamento ABS (obrigatórios no Brasil).

Crianças

No caso específico de proteção a crianças, além de leituras obtidas a partir dos dummies utilizados nos testes de colisões, o Latin NCap atribui notas a partir da avaliação da eficiência, durante os impactos frontal e lateral, dos sistemas de fixação de cadeirinhas e outros dispositivos de retenção para os pequenos. Veículos que não contam com dispositivo adequado perdem pontos na avaliação feita pelo instituto.


 

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