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Salão de Frankfurt deixará de ser em Frankfurt
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Salão de Frankfurt deixará de ser em Frankfurt

Maior salão europeu deve fazer histórica mudança de cidade para se reinventar. Salão ocorria em Frankfurt há quase 70 anos e seis cidades disputam próxima edição

Redação

29 de jan, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Edição de 2019 recebeu 550 mil visitantes, menos do que os anos anteriores
Crédito:Ralph Orlowski/Reuters
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A crise nos Salões do Automóvel pelo mundo chegou a um dos maiores, o de Frankfurt, na Alemanha. Ao que tudo indica, a cidade não irá mais sediar a próxima edição do evento, marcada para 2021. A informação é da própria organizadora do evento, a Verband der Automobilindustrie (VDA).

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A organização está procurando outras cidades para sediar o próximo "Salão de Frankfurt", que pode ocorrer em Berlim, Munique ou Hamburgo. Outras cidades também apresentaram conceitos e ideias para um possível evento. Colônia, Stuttgart e Hanover também se interessaram em receber um dos maiores Salões do Automóvel do mundo.

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REUTERS/Wolfgang Rattay

Segundo informações do portal alemão Hessenschau, entre os motivos da mudança está a insatisfação da VDA com a última edição do evento, em 2019. O prefeito de Frankfurt não foi autorizado a discursar na abertura do evento e a organização teve que lidar com protestos de grupos ambientalistas. Cerca de 25 mil ciclistas se aglomeraram na porta do Salão em protesto contra o evento.

Os organizadores estariam buscando um conceito mais moderno e próximo da realidade. Entre as propostas, podem estar novas áreas abertas ao público geral de graça. A ideia é que mais gente tenha acesso às novas tecnologias e aos novos conceitos de mobilidade enxergados pelas montadoras.


A VDA pretende "reiniciar" o Salão, com carros elétricos e autônomos mostrados em áreas centrais das cidades. Isso transformará o "Salão de Frankfurt" numa grande feira de mobilidade em um conceito mais amplo.

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REUTERS/Wolfgang Rattay

Frankfurt sentirá impacto

Quem deve sofrer com a mudança de local do Salão é a própria Frankfurt. Apesar dos protestos, a cidade que sediava a feira há 70 anos ganha cerca de 100 milhões de euros a cada evento. Hotéis, restaurantes e o comércio local ganham bastante durante a realização do Salão, já que o evento atrai visitantes de poder aquisitivo mais alto.


Em todo caso, a mudança também tem outro motivo, o financeiro. Com os contratos vigentes em Frankfurt vencendo, a organização vai procurar um local onde o Salão seja mais barato e tenha maior retorno financeiro. Combinado com a queda nos visitantes, o cenário não era dos melhores em Frankfurt. Em 2019, foram 550 mil visitantes, bem menos do que os 810 mil de 2017 e 930 mil de 2015.

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REUTERS/Ralph Orlowski
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