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Salão do Automóvel será em agosto, com novo formato, no autódromo de Interlagos
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Salão do Automóvel será em agosto, com novo formato, no autódromo de Interlagos

Após hiato de quase quatro anos, Salão paulistano mudará de endereço e acontecerá ao ar livre; até o momento, seis montadoras estão confirmadas

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

31 de jan, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Último Salão do Automóvel de São Paulo aconteceu em 2018, no São Paulo Expo
Crédito:DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

Mesmo antes da pandemia da Covid-19, o Salão do Automóvel de São Paulo já tinha pulado fora da programação de eventos da cidade, naquela que seria a edição de 2020. Nem mesmo a proximidade com a Fórmula 1 foi capaz de manter o evento no calendário. E o motivo foi, basicamente, falta de quórum. À época, importantes montadoras como General Motors e Toyota, entre outras, já haviam declinado o evento.

Agora, com a pandemia levemente mais controlada, com a população quase 100% vacinada e a vida voltando ao normal, hora de pensar, de novo, sobre o Salão. No entanto, se faz necessário dar nova cara.

De olho nisso, a empresa organizadora RX (antiga Reed Exhibitions Alcântara Machado) já havia definido o Autódromo de Interlagos como local da mostra, conforme você acompanhou no Jornal do Carro. O mês de realização do evento também havia sido cravado: agosto. Além disso, tem novo nome, “São Paulo Motor Experience by Salão do Automóvel”. Agora, de acordo com a Automotive Business, mais algumas curiosidades sobre o evento vieram a público.

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JF DIORIO/ESTADÃO

A começar pela data. Por ser um período com menos chuvas – afinal, será a céu aberto -, a mostra paulistana vai acontecer mais precisamente entre os dias 6 e 14 de agosto. A data, inclusive, já foi reservada pela organizadora do evento junto à prefeitura da capital, com publicação no Diário Oficial do município.

De acordo com informações da Automotive Business, entre 2 e 6 de agosto ficam previstas ações como montagem de estandes e eventos pontuais com patrocinadores.


Participação das fabricantes

Ainda está cedo para que a RX comente sobre número de montadoras participantes. O evento sequer consta no calendário da página da empresa na internet. Porém, de acordo com a publicação, até o momento, seis fabricantes já estão confirmadas.

Para quem não se lembra, a última edição do Salão do Automóvel aconteceu em 2018, tendo como palco o São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes, capital paulista. A mostra bienal, que aconteceria em 2020, não aconteceu – pelos motivos apresentados no começo do texto. À época, teve adiamento para 2021. Contudo, a pandemia impediu a realização do evento.

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José Patricio/Estadão

Em síntese, além de custoso, o Salão do Automóvel não desperta mais o interesse das fabricantes como outrora. Numa época de investimento em ações pontuais, como relacionamento com influenciadores digitais e potenciais clientes, por exemplo, as fabricantes enxergam que o formato tradicional (de apenas expor carro ao público em um espaço, sem a possibilidade de vendas) não tem valido a pena.

“É necessário fazer um evento que represente as tendências globais do setor, porém mais barato.” disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, à época do cancelamento do Salão de 2020. Alguns executivos chegaram a citar que um estande custava media de R$ 20 milhões. À época, 15 marcas declinaram o evento.

Detroit perdeu espaço

Vale lembrar que altos custos e formato antigo não são vilões apenas por aqui. O Salão de Detroit, Estados Unidos – embora não assuma -, perdeu seu posto para a feira de tecnologia CES, evento que acontece em Las Vegas (EUA). Na ocasião, a organização alegou que o salão norte-americano mudou a data por causa do inverno rigoroso. Assim, foi de janeiro para meados do ano. Mas não colou! Afinal, desde sempre as temperaturas ficaram abaixo de 0° por lá no começo do ano – e nunca haviam impedido a realização do evento.


Já o Salão Duas Rodas se manterá no mesmo lugar. Portanto, acontecerá no São Paulo Expo. Data: 1 a 6 de novembro. Para obter mais informações, acompanhe (aqui).

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.