Salão do México quer superar argentino

Em entrevista ao JC, Sérgio Oliveira de Melo, diretor do comitê organizador do Salão Internacional do Automóvel de Guadalajara (Siag) diz que quer superar o Salão de Buenos Aires e ser a 2ª feira mais importante da América Latina, atrás de São...

Por 08 de ago, 2011 · 5m de leitura.

O diretor do comitê organizador do Siag, Sérgio Oliveira de Melo (Foto: Divulgação)

MILENE RIOS

A cidade de Guadalajara (México) recebeu em julho seu primeiro Salão Internacional do Automóvel, o Siag. Desde 2008, quando a cidade do México foi palco de uma mostra automobilística, não se exibiam novidades da indústria por lá. Menor e sem marcas como General Motors e Volkswagen, o evento procurou fazer barulho e tem metas ambiciosas. Em entrevista ao JC, o diretor do comitê organizador do Siag, Sérgio Oliveira de Melo, diz que o objetivo é superar o Salão de Buenos Aires e ocupar a posição de segunda feira mais importante da América Latina, atrás do de São Paulo.

Qual o balanço do salão?
Nos nove dias de exposição, o número de visitantes superou 100 mil pessoas. Inicialmente esperávamos 200 mil, mas sem a presença de marcas de peso como GM, Volkswagen e Toyota, baixamos a expectativa para 150 mil. Analisando a história das exposições na cidade, podemos dizer que foi um sucesso, que começamos melhor que outras.


Os expositores ficaram satisfeitos com o resultado?
Conseguimos levar a metade das marcas presentes no México para a mostra. Isso pode ser visto como um copo meio cheio ou meio vazio. Prefiro ver meio cheio, porque três das cinco maiores (Nissan, Ford e Chrysler) estiveram presentes. A maioria das participantes deste ano estará na próxima edição, em 2013. E até quem não esteve, como a Volks, sentiu a força do salão e apresentou, nos mesmos dias da feira e só em Guadalajara, a nova geração do Beetle, como parte de uma tentativa de atrair o público para sua rede de distribuidores.

O salão será bienal?
Sim. O México não comporta um salão de automóveis por ano. Nem o Brasil tem isso. Aliás, optamos por montar o nosso em anos ímpares para não coincidir com o de São Paulo. Nosso alvo prioritário é o Salão de Buenos Aires. Queremos ser maiores que eles.

Em quanto tempo?
Esperamos que em mais três edições, ou seja, em seis anos.


O que esperar das próximas edições do salão?
Estamos nos esforçando para nos tornarmos o principal meio de lançamento de novos veículos do mercado mexicano. Queremos que quando uma marca estiver entrando no país, nos escolha como a melhor vitrine para expor seus produtos.