Uma imagem compartilhada em grupos do aplicativo WhatsApp alerta para o uso de propaganda política nos veículos neste período de eleições. A mensagem diz que ?seguradoras não cobrem carros plotados com qualquer tipo de propaganda, até mesmo política?. Será verdade?
A mensagem (de autor desconhecido) explica que, nos carros de ?uso particular?, as seguradoras ?exigem o enquadramento do veículo como ?uso comercial? ou para ?fins publicitários??. Algumas solicitam até ?que o proprietário remova os adesivos?, sob pena de perder a cobertura.
Pois saiba que o alerta é verdadeiro, conforme explica Juliana Moya, especialista em relações institucionais da Proteste ? Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
?Esse tipo de caracterização levanta dois problemas. Primeiro, pode fazer com que o veículo se enquadre no perfil de uso comercial. Assim, caso o proprietário não avise a seguradora, esta pode se recusar a fazer a cobertura?, explica Juliana.

Análise de risco muda
Para a especialista da Proteste, as propagandas maiores mudam a análise de risco do veículo.
?A pessoa coloca adesivo de um determinado candidato. Aí vai um opositor e faz uma avaria no carro. Talvez um adesivo no vidro não dê em nada, mas se colocar algo maior, pode ter esse tipo de problema?, pondera Juliana Moya.
A recomendação, portanto, é avisar a seguradora sobre qualquer mudança feita no veículo, mesmo não havendo alterações estruturais.
No caso das propagandas políticas, ?vale consultar a empresa contratada para entender se é necessário fazer algum registro ou mudança contratual?, explica a especialista da Proteste.
Segundo Juliana, os contratos podem ser alterados de acordo com as circunstâncias. E o consumidor deve tomar todo o cuidado possível.
?Se a realidade muda, a seguradora deve ser avisada. Se consta no contrato que o veículo fica na garagem à noite e algo acontece nesse período, a seguradora pode se recusar a arcar com o prejuízo. É um tipo de alteração que importa?, concluí Juliana Moya, da Proteste.