Descer da cama com o pé direito, não olhar para o espelho quebrado ou, ainda, bater três vezes na madeira para espantar o azar. Essas e outras superstições são típicas da sexta-feira 13 e fazem parte de toda uma tradição popular. E foi, justamente, pensando nesse clima de mistério e medo que resolvemos separar uma lista com 13 carros que assustam, seja pelo projeto, pela ostentação, velocidade, ou mesmo pelo visual de gosto duvidoso.
Fiat Multipla
Embora a criação de um carro exija um briefing e o acompanhamento de toda a diretoria da fabricante a fim de julgar o que é mais rentável para o mercado, algumas montadoras acabam errando a mão. É o caso da Fiat, que lançou o Mulipla, na Europa, em 1998. Eleito por vários canais do setor automotivo como o “Carro mais feio do mundo”, essa mistura de Doblò acoplada ao Brava que resulta numa espécie de Idea quase veio para o Brasil. Mas fomos livrados.
Nissan Tiida Sedan
Por falar em Brasil, um dos modelos mais esquisitos (e pouco aceitos pelo público) foi o Tiida Sedan. Sua chegada ao mercado local aconteceu em 2010, porém, apesar do bom custo-benefício, o modelo não fez sucesso por aqui. Isso se deve, em muito, ao visual de gosto duvidoso. Pouco tempo depois, o modelo saiu de linha, dando lugar ao Versa. Pois é, não melhorou muito… Agora, finalmente, a Nissan resolveu investir em beleza na categoria, com o novo Versa, que foi lançado no País em outubro.
Mitsuoka Orochi
O Mitsuoka Orochi é considerado um dos esportivos mais feios de todos os tempos. Apesentado em 2001, foi feito entre 2006 e 2014. Baseado no Honda NSX, tinha motor V6 feito pela Toyota. O modelo de produção limitada tinha formato arredondado em faróis e lanternas e aberturas de ar inspiradas nas guelras de peixes. Por dentro, a o visual era bastante genérico e totalmente em desacordo com a proposta do exterior.
Rolls-Royce Ghost
Mas se a proposta deste texto é abordar carros que assustam, vamos expandir o assunto. Afinal, não é nada normal se deparar com um modelo que tem seu próprio céu, com nada menos que 850 estrelas. Lançado em setembro, o Rolls-Royce Ghost custa a bagatela de US$ 330 mil (R$ 1,8 milhão na conversão direta). Para ter esse efeito celeste, todavia, foram instalados LEDs no teto. A cabine é um exagero de luxo, com madeira, couro e um painel de instrumentos ligado à central multimídia por uma única peça.
Hummer EV
E quem assustou, pelo conjunto da obra, diga-se, foi o Hummer EV. Além de um visual agressivo, a picape elétrica voltou ao mercado (no fim do mês passado, sob o guarda-chuva da GMC, marca de veículos comerciais da General Motors) com a absurda potência de 1.000 cv. O modelo, afinal, é movido por três motores elétricos e chega aos 100 km/h em, apenas, 3 segundos. O impacto foi tão grande que o estoque se esgotou em uma hora. Isso porque o preço também era de dar susto: R$ 100 mil (mais de R$ 550 mil na conversão direta).
SSC Tuatara
O SSC Tuatara foi considerado o carro de série mais rápido do mundo. O superesportivo que leva o nome de um lagarto nativo da Nova Zelândia atingiu 508,73 km/h. Com motor biturbo, o modelo além de romper os 500 km/h, estabeleceu outras três marcas. Alcançou as maiores velocidades em uma milha (503,92 km/h) e em um quilômetro (517,16 km/h), e registrou a maior máxima já alcançada por um automóvel de série: 532,93 km/h. Nada disso, porém, foi reconhecido pelo Guinness, que alegou falta de cumprimento ao regulamento.
Ferrari 512S Modulo
E quem diria que ate a Ferrari já figurou a lista de fabricantes com carros de gosto duvidoso? O feito aconteceu nos anos 1970, quando a italiana produziu algo capaz de assustar: a 512S Modulo. Desenvolvido pela Pininfarina, o modelo com ares futuristas foi apresentado no Salão de Genebra daquele ano. A base era da 512S, porém, com forte redução de peso – só 900 quilos. Portas deslizam por trilhos e o motor é o 5.0 V12 de 550 cv. Teve apenas uma unidade produzida.
Aston Martin Lagonda
Reconhecida pela elegância de seus modelos, a Aston Martin também já amargou dias sombrios. No passado, sua fase obscura acabou por lançar, no mercado europeu, o sedã Lagonda. O wagon (abaixo) também tinha visual bastante ruim. O três-volumes foi comercializado entre os anos de 1976 e 1987. Destaque para a dianteira bicuda e os faróis escamoteáveis – algo nada comum para um carro de luxo. Definitivamente, não foi a melhor escolha de projeto para comercialização.
Tata Magic Iris
Quem também errou a mão foi a indiana Tata. Logo que lançou o carro mais barato do mundo (Nano), a marca decidiu levar a proposta para o segmento das vans. A Magic Iris, no entanto, passou a usar a mesma plataforma do irmão. E deu no que deu! Afinal, a engenharia deveria entender que é difícil encaixar uma carroceria maior numa plataforma pequena. Além disso, tem um motorzinho nada esperto: 0.6 litro turbodiesel de 11 cv. Resultado, 55 km/h de velocidade máxima.
Bentley Bentayga
Embora seja considerado um dos SUVs mais luxuosos e refinados do mundo, o Bentley Bentayga entra na lista dos veículos, digamos, exóticos. Lançado em 2015, o modelo sobrevive até hoje. Tanto que, após tantas críticas, teve visual atualizado em julho, ganhando dianteira remodelada, grade revista e lanternas inteiramente novas e inspiradas nas linhas do Continental GT. A placa de identificação traseira migrou da tampa do porta-malas para o para-choque. O motor é o mesmo 4.0 V8 biturbo de 550 cv.
Bugatti Bolide
Se tem um carro absurdo em todos os sentidos é o Bugatti Bolide. Essa é a resposta do Grupo Volkswagen ao SSC Tuatara. A promessa é chegar aos 500 km/h por meio de seus 1.850 cv e aerodinâmica priorizada pelo visual futurista. Longe de ser bonito, o hipercarro focado para as pistas é baseado no Chiron, que é um dos mais rápidos do mundo. O Bolide tem motor central W16 8.0 com quatro turbos e estonteantes 188,6 mkgf de torque. De acordo com a Bugatti, chega aos 100 km/h em 2,17 segundos. O 0 a 300 km/h é feito em 7,37 segundos. Aos 500 km/h, precisa de 20,16 segundos. A produção do Bolide ainda não foi definida.
Tesla Cybertruck
Tá certo que gosto não se discute, mas não dá para negar o visual estranho e indefinido da picape elétrica lançada pela Tesla. De imediato, quando anunciada, a Cybertruck logo ganhou as rodas de conversas de quem é ligado em carro, afinal, era sério aquilo? Suas linhas retilíneas inspiradas no Lotus Esprit S1, foram feitas sem base de pesquisa com clientes. De acordo com Elon Musk, dono da Tesla, em declaração ao site americano Automotive News, a ideia era “criar um carro esquisito”. Conseguiu! Ainda assim, foram mais de 250 mil unidades reservadas na pré-venda. Tanto o visual quanto o sucesso são, no mínimo, assustadores!
Toyota Etios
Para fechar a lista, não dá para deixar de falar de um dos modelos mais polêmicos vendidos no Brasil, o Etios. Por pertencer à Toyota, o modelo agradou alguns por conta de predicados como a boa mecânica e lista de itens de série. Entretanto, beleza conta, sim (e muito), principalmente no universo dos automóveis. E deste quesito, o hatch passa longe. O sedã, então, nem se fala. A princípio, o modelo lançado em 2012 pecava tanto por fora quanto por dentro. Difícil encontrar quem não criticasse as linhas externas sem harmonia e o quadro de instrumentos analógico no centro do painel, com péssimo grafismo e pouca funcionalidade. Não agradou!