Recentemente, a Chevrolet anunciou que permanecerá no Brasil, e desenvolverá veículos híbridos para o País. Entretanto, atualmente, não conta com ofertas desse tipo no mercado nacional, especificamente para a plataforma GEM, que abriga os modelos Tracker, Onix e Onix Plus, além da picape compacta-média Montana. Entretanto, já há um conjunto híbrido capaz de resolver isso.
E ela está no mercado chinês, especificamente no Chevrolet Monza. Não, não estamos falando do longevo sedã médio fora de linha a quase 30 anos. Mas sim do Novo Monza, que por lá substituiu o Onix Plus. Com seu motor três cilindros de 1.3 litro, ele tem um sistema híbrido-leve, de 48V, por exemplo.
O sistema é composto por um BSG, um gerador que vai ligado ao motor por uma correia, e uma pequena bateria que auxilia o motor a combustão na partida e em momentos onde ele gasta mais combustível, em situações de ultrapassagem ou forte aceleração, por exemplo. Apesar de o Monza não utilizar a mesma plataforma da família GEM, o motor 1.3 é da mesma família dos 1.2 turbo no Brasil, assim como também dos 1.0, aspirado e turbo.
No sedã chinês, o conjunto mecânico 1.3 turbo entrega bons 163 cv e 23,5 mkgf de torque, junto do câmbio automatizado de seis velocidades, com dupla embreagem. Assim, o modelo faz de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos, por exemplo. O motor elétrico gera 10 cv e tem 4,1 mkgf de torque, mas jamais trabalha sozinho. O modelo faz bonito quando o assunto é consumo, com 21 km/l na cidade, e 17,4 km/l na estrada.
E como o sistema híbrido-leve do Monza se aplicaria ao Brasil?
O conjunto híbrido-leve de 48V poderia, em tese, ser adaptado aos motores nacionais, em modelos de maior valor agregado, como a picape Montana e o SUV Tracker, por exemplo. A Volkswagen fará o mesmo em seus modelos mais caros, trazendo o conjunto 1.5 eTSI, a ser usado no SUV T-Cross e numa futura picape. Existe a possibilidade do conjunto estrear em modelos mais baratos, como as versões topo de linha do Polo e Virtus, no entanto.
Seja como for, sistemas híbridos-leves são realidades possíveis no Brasil, e começam a ganhar terreno. A Stellantis já apresentou à imprensa exemplos dessa tecnologia, e a Renault pode estrear essa novidade no novo Duster, recém-apresentado na Europa, caso venha ao País futuramente.
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