Sistemas de auxílio em curvas proliferam

Além do controle de estabilidade, também conhecido como ESP, as montadoras não param de desenvolver sistemas que atuam no diferencial ou nos freios que ajudam o motorista a não perder a trajetória. Não só em superesportivos, mas em modelos...

Por 21 de jul, 2010 · 4m de leitura.
(Ilustração: Divulgação)

Desenho mostra funcionamento do CTC do novo Volvo S60 (Ilustração: Divulgação)

Nícolas Borges

Além do controle de estabilidade, as montadoras não param de desenvolver sistemas que atuam no diferencial ou nos freios que ajudam o motorista a não perder a trajetória. Não só em superesportivos, mas em modelos ‘normais’. A nova geração do Volvo S60, que estará no Salão do Automóvel de São Paulo, a partir de 27 de outubro, conta com o Corner Traction Control (CTC), sigla em inglês para controle de tração em curvas.

O sistema do sedã sueco funciona da seguinte forma: ao tomar uma curva, a roda interna é freada, ao mesmo tempo que a externa recebe mais torque, ajudando o carro a se manter no traçado. O cupê esportivo alemão Audi RS5, que virá em setembro, oferece algo semelhante. A Ferrari tem nos seus carros, desde a F430, em 2004, o E-Diff, termo para diferencial eletrônico. Trata-se de uma tecnologia ainda mais avançada. Com dados como pressão no acelerador, ângulo do volante e velocidade, o E-Diff decide quando e como cada roda deve receber o torque do motor.


Mas nem sempre é preciso usar recursos muito sofisticados. Quando equipado com freios ABS – de série na versão 2.0 -, o Ford Focus vendido no Brasil tem o Corner Braking Control (controle de frenagem em curvas). Acima de 80 km/h, ao frear em uma curva, o sistema aplica força diferente na roda dianteira externa, evitando que o carro rode.

ESP
De uso geral, em várias categorias de veículos, o controle de estabilidade, também conhecido por ESP (programa eletrônico de estabilidade), estreou no Mercedes-Benz S 600, em 1995. Trabalhando em conjunto com o ABS, ele pode frear cada roda separadamente, para evitar derrapagens, e chega a limitar a distribuição de torque do motor, se preciso. Comum no exterior, o ESP é raridade no País. Segundo pesquisa do Cesvi Brasil, apenas 2% das versões de carros produzidos no Mercosul e vendidos no País têm o recurso, ante 81% de presença nos importados.