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SsangYong está voltando ao Brasil
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SsangYong está voltando ao Brasil

Marca sul-coreana terá quatro novos modelos em 2018 e vai reforçar pós-venda dos clientes antigos

Thiago Lasco

21 de set, 2017 · 7 minutos de leitura.

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Crédito: SSangYong
Crédito:

A sul-coreana SsangYong está de volta ao mercado brasileiro. Depois de duas passagens pelo País, entre 1995 e 1998 e de 2001 até 2015, ela elegeu um representante oficial novo: o grupo JLJ, que já operou por aqui as bandeiras Chery e Rely, e com quem assinou um contrato de parceria de 10 anos. A marca terá quatro lançamentos no início de 2018.

Os modelos trazidos para o Brasil nessa próxima fase serão os utilitários Korando, Tivoli e XLV, além da picape Actyon Sports. Eles chegam ao longo do primeiro trimestre do ano que vem e cada um terá duas versões. Os preços ainda não foram definidos, mas a ideia é ter uma política agressiva para brigar inclusive com os modelos nacionais à venda atualmente - os principais alvos da marca são os carros da Hyundai, mas também Jeep Compass e Honda HR-V.

Dos três utilitários, o Korando tem o maior porte. Ele traz um motor 2.2 turbodiesel que entrega potência de 180 cv e torque de 40 mkgf, associado a um câmbio automático de seis velocidades da marca Aisin. O mesmo conjunto mecânico equipa a picape Actyon Sports.

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Já o Tivoli e o XLV são equipados com um motor 1.6 a gasolina de 128 cv e 16 mkgf. O primeiro tem apelo mais jovem, enquanto o segundo é a versão estendida do mesmo carro. No caso do irmão mais longo, o espaço extra não é para uma terceira fileira de bancos, e sim para levar mais bagagem: a capacidade é de 720 litros de carga.

Depois de uma parceria técnica com a Mercedes-Benz que durou pouco mais de dez anos, hoje a SsangYong usa apenas motores de fabricação própria. "Mas a parceria com os alemães deixou um importante legado para nós", diz o diretor de operações da SsangYong Brasil, Marcelo Fevereiro.

Para manter a atratividade dos novos modelos, a promessa da sul-coreana é de que eles tenham uma atualização parcial de estilo a cada ano, e que a gama sofra renovação completa a cada quatro anos.


Recomeço. O primeiro desafio da marca, de acordo com Fevereiro, será dar um respaldo maior aos quase 17 mil clientes da operação anterior. Muitos deles ficaram desassistidos a partir de agosto de 2015, quando houve um corte nos serviços pós-venda por parte do antigo grupo importador.

"Vamos inclusive retomar a garantia de fábrica dos que ficaram sem cobertura", promete o diretor da marca no País. "Cada caso será analisado individualmente. Se o carro recebeu todas as revisões obrigatórias e, em agosto de 2015, ainda tinha seis meses de garantia, vamos devolver esse período de cobertura ao proprietário. Queremos dar aos nossos clientes um atendimento digno de marca premium."

A meta da SsangYong é vender cerca de 2 mil unidades nos primeiros doze meses, por meio de uma rede autorizada que chegará a 50 pontos de venda até o final de 2018. Desses 50 pontos, 16 são remanescentes da operação anterior no País. Já as outras 34 concessionárias serão abertas em parceria com grupos que já operam no ramo.


Durante suas duas passagens pelo País, a sul-coreana teve um saldo de 16.511 unidades vendidas, a maioria no Sul e Sudeste - cada uma dessas regiões detém quase 30% dos exemplares comercializados. No Nordeste estão outros 22,8%, o Centro-Oeste tem 13,2% e os 4,6% restantes circulam pelo Norte do País. A decisão de abandonar o barco em 2015 foi uma decorrência do cenário econômico pouco competitivo para os carros importados.

"O Brasil ficou difícil de sustentar como opção de negócio por causa do programa Inovar Auto, que impôs alíquotas de imposto e taxas de nacionalização que foram proibitivas", explica o diretor de exportação da marca na Coreia do Sul, Jong Dae Lee. "O fim desse regime é a principal razão de nossa nova tentativa. Apesar de o mercado em geral estar em retração, o segmento dos SUVs tem registrado crescimento. Se a demanda local se mostrar compatível, vamos até analisar a possibilidade de fabricação local."

Fora da Coreia do Sul, o maior mercado consumidor da SsangYong é o europeu. Em 2016, foram enviadas para lá 24 mil unidades, que responderam por 44% do volume exportado. A América Latina recebeu outros 11 mil veículos, dos quais 7 mil foram para o Chile. Colômbia, Peru e Costa Rica compraram mil carros cada um e outros 500 foram vendidos para o Paraguai.


Atualizado em 21/09/2017 às 15:34


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