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Startup Cruise, da GM, recebe permissão para ter carros sem motorista em São Francisco
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Startup Cruise, da GM, recebe permissão para ter carros sem motorista em São Francisco

Com uma frota de 180 veículos autônomos, Cruise poderá testar seus carros em São Francisco sem a necessidade de humanos ao volante

Diogo de Oliveira, special para o Jornal do Carro

19 de out, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Carros autônomos da Cruise ganharam licença para rodar do Departamento de Veículos da Califórnia
Crédito:Cruise/Divulgação

A era dos Jetsons, com carros voadores e outras engenhocas, ainda parece futurista para a realidade de 2020. Mas a cidade de São Francisco, nos EUA, em breve terá veículos sem motorista nas vias públicas, tal como no visionário desenho animado dos anos 1960. Os carros autônomos da startup Cruise ganharam licença para rodar do Departamento de Veículos da Califórnia.

A empresa de tecnologia é a quinta a obter permissão das autoridades norte-americanas, mas tem a General Motors como principal acionista. “Não somos a primeira empresa a receber essa licença, mas seremos os primeiros a colocá-la para uso nas ruas de uma grande cidade dos Estados Unidos”, escreveu Dan Ammann, presidente executivo da Cruise, em seu blog pessoal.

Além da General Motors, a Cruise tem outros investidores como a japonesa Honda. A startup já vinha testando sua frota de 180 veículos autônomos em São Francisco. Porém, como os carros, embora já sejam capazes de dirigir sozinhos, circulavam com humanos atrás do volante, por questões de segurança. Com a licença, os carros agora podem circular vazios dia e noite, a uma velocidade de até 48 km/h.

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Entretanto, a startup ainda acha cedo para iniciar o transporte de passageiros. “Isso é um passo ou dois além do que faremos inicialmente com essa licença”, publicou Ammann. Ele pondera que, apesar disso, o serviço de táxi autônomo “não está tão distante”.

Veículos sem volante e pedais

A primeira empresa a obter licença para circular com carros autônomos foi a Waymo, que pertence à Alphabet, dona do Google, em 2018. A empresa inclusive já oferece serviços de táxi sem motorista no Arizona, estado norte-americano mais aberto aos veículos que dirigem sozinhos. Porém, tudo ainda é parte de um “projeto piloto” da tecnologia autônoma de nível 5, a mais avançada nos carros.

E como serão esses veículos que dirigem sozinhos? O mais provável é que se pareçam com ônibus e vans, porém sem volante e pedais de condução. Em vez da cabine tradicional, esses modelos terão o interior mais aberto e amplo. Parece uma espécie de vagão de trem ou metrô. Assim é o Cruise Origin, o veículo da startup da GM, apresentado no início deste ano. Além de autônomo, o modelo é 100% elétrico.


No início da última década, as gigantes de tecnologia, como Apple e Google, chegaram a projetar seus próprios carros autônomos. Contudo, diante da complexidade industrial do automóvel, as empresas rapidamente reviram os planos e encerraram os projetos. O foco atualmente está nos softwares de condução autônoma e na telemetria, para estabelecer uma rede de comunicação entre os veículos que seja capaz de prever e evitar acidentes.

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