O Citroën Basalt está prestes a sair do forno na fábrica de Porto Real (RJ), mas a Stellantis já prepara a planta fluminense para receber um quinto veículo em sua linha de produção. Só que dessa vez não será outro modelo da marca francesa, e sim o Jeep Avenger, que deve estrear no mercado brasileiro em 2026.
Aliás, será o primeiro carro da Jeep no Brasil feito fora da fábrica de Goiana (PE), de onde saem Renegade, Compass e Commander. Os demais modelos do portfólio da montadora no País são importados, como Gladiator, Wrangler, Compass 4xe e Grand Cherokee, por exemplo. Assim, o Avenger se tornará o SUV de entrada da marca, posicionado abaixo do Renegade.
A adaptação da unidade para a fabricação do novo produto usará os recursos de R$ 3 bilhões anunciados em maio deste ano para serem investidos no complexo entre 2025 e 2030. “Planejamos também ampliar a produção, gerar novos empregos e reforçar toda a cadeia automotiva no desenvolvimento e localização de novas tecnologias que aceleram a descarbonização da mobilidade”, declarou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul.
Além disso, a ideia é atrair mais fornecedores para o parque industrial. O grupo negocia com 10 empresas que podem se instalar na região. Inaugurada em 2001, a fábrica de Porto Real já produziu mais de 1,8 milhão de veículos e 2,5 milhões de motores em seu período de atividade. Atualmente, sua capacidade de produção chega a 160 mil unidades por ano – são 27 carros feitos por hora no local.
O que sabemos sobre o Jeep Avenger
Assim como os demais carros feitos em Porto Real, o Avenger usa a plataforma CMP (de origem PSA Peugeot-Citroën). O modelo tem 4,08 metros de comprimento – ou seja, é 16 cm menor que o Renegade – e 2,56 m de entre-eixos. Já o porta-malas carrega até 380 litros. Por dentro, há central multimídia flutuante de 10,25” com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e quadro de instrumentos com tela de 7″ ou 10,25” nas versões mais caras. Também traz volante multifuncional, carregador de celular por indução e ar-condicionado automático.
No mercado europeu, o SUV alia o motor 1.2 turbo a gasolina de 100 cv a um elétrico com 156 cv. Por aqui, entretanto, o modelo deve receber o conhecido 1.0 turboflex de três cilindros que entrega até 130 cv e 20,4 mkgf aliado ao câmbio automático do tipo CVT, conjunto que já equipa diversos carros da Stellantis, como Peugeot 208 e Fiat Fastback, por exemplo. Além disso, o modelo também pode trazer um conjunto híbrido leve de 48 volts com a introdução da tecnologia Bio-Hybrid, já anunciada pelo grupo automotivo.
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