Julho chegou e abriu o segundo semestre de 2022, e a Fenabrave, associação dos concessionários, já divulgou o balanço das vendas de automóveis e comerciais leves no País. Ainda com reflexos da pandemia da Covid-19 e suas consequências, como a crise dos chips, por exemplo, o mercado fechou junho no vermelho. Dados apontam que o sexto mês do ano vendeu 165.470 unidades. Desse modo, queda de 5,42% na comparação com maio, com 174.592 emplacamentos. Em relação aos produtos, a Fiat Strada continua no topo do ranking, entretanto, a tradicional dança das cadeiras não ficou de fora.
Com um mercado em queda drástica – 15,4% a menos no acumulado do ano na comparação com 2021 -, todos os modelos sofreram abalo nos emplacamentos de junho. A começar pela própria Strada, que passou de 11.532 (maio) para 9.840 unidades emplacadas. Completando o pódio, o Hyundai HB20 foi superado pelo Volkswagen Gol. É isso mesmo! O veterano da VW, que já havia surpreendido com um 5º lugar no mês de maio, deixou toda a concorrência para trás e foi parar no segundo lugar do pódio, como o automóvel mais vendido de junho. Registrou, assim, 9.345 vendas.
O hatch da Hyundai caiu para terceiro (inclusive, tirando o Fiat Mobi do top 10) e vendeu 7.938 unidades no período. Cabe lembrar que essa queda já era esperada. Afinal, com o renovado HB20 – lançado ontem (5) pela marca -, nada mais natural que aquela desacelerada nas vendas das últimas unidades em estoque.
SUVs
Bem aceitos no mercado nacional, os SUVs, portanto, já começam a aparecer logo depois dos primeiros três colocados. Quarto e quinto lugares do ranking, portanto, foram ocupados por Volkswagen T-Cross e Jeep Compass. Ou seja, nesse mês, o Chevrolet Tracker ficou longe de levar a melhor no segmento.
Na parte de baixo
Já a sexta posição do ranking revela surpresa. Com o Chevrolet Onix Plus de fora do top 10 (caiu de 10º para 18º) o único sedã a ocupar a lista dos dez mais vendidos atende pelo nome de Fiat Cronos. O sedã, cabe relembrar, ficou em 10ª posição há exatamente um ano e, agora, tenta recuperar seu fôlego, abocanhando o sexo posto. Mas essa tarefa não é fácil. Que o diga o Renault Kwid que, entre idas e vindas, conquistou a 9ª posição no mês passado, após ter ficado de fora do top ten, em maio.
E quem fecha a lista dos dez automóveis e comerciais leves mais vendidos do mês de junho é o Fiat Pulse. Embora não seja barato (parte de R$ 95.290 na versão Drive 1.3), o SUV feito em Betim (MG) atua num segmento promissor. Entretanto, por ora, enfrenta apenas o Volkswagen Nivus, afinal, Caoa Chery Tiggo 3X e Honda WR-V se aposentaram recentemente.
Confira os 10 automóveis e comerciais leves mais vendidos de junho:
- 1°) Fiat Strada – 9.840
- 2°) Volkswagen Gol – 9.435
- 3°) Hyundai HB20 – 7.938
- 4°) Volkswagen T-Cross – 6.309
- 5°) Jeep Compass – 6.104
- 6°) Fiat Cronos – 6.047
- 7°) Hyundai Creta – 5.924
- 8°) Chevrolet Tracker – 5.312
- 9°) Renault Kwid – 5.043
- 10°) Fiat Pulse – 4.839
Fabricantes
Ao contrário da lista dos automóveis e comerciais leves, o ranking das marcas quase não teve mudanças. A Fiat continua liderando isolada. Vendeu, a princípio, 34.856 unidades em junho e, assim, ficou com 21% de participação de mercado.
Já os segundo e terceiro postos foram trocados. A Volkswagen substituiu a General Motors – no mês anterior, ficaram GM em 2ª e VW em 3ª. Respetivamente, venderam 24.806 unidades (15% de market share) e 19.113 (11,6%).
Nas demais posições, Hyundai, Toyota, Jeep, Renault, Nissan, Peugeot e Honda (confira o ranking abaixo). Mas cabe prever que a marca japonesa deve deixar a última posição do top ten, afinal, o novo HR-V promete.
- 1°) Fiat – 34.856
- 2°) Volkswagen – 24.806
- 3°) General Motors – 19.113
- 4°) Hyundai – 16.652
- 5°) Toyota – 16.461
- 6°) Jeep – 11.655
- 7°) Renault – 11.164
- 8°) Nissan – 5.509
- 9°) Peugeot – 5.016
- 10°) Honda – 4.016
Projeções
Por falar em previsões, a Fenabrave acredita que as vendas vão aumentar neste ano. Inicialmente (em janeiro), a entidade estimava aumento de 5,3% nas vendas de veículos no encerramento de 2022. Agora, a projeção é de alta de 5,5%.
Entretanto, pegando apenas automóveis e comerciais leves, a tendência é que o resultado se mantenha como em 2021. No começo do ano, a previsão era alta de 4,4%. Ainda assim, de acordo com a entidade, a visão de crescimento pode até ser mantida caso as montadoras ampliem sua demanda de produção.
“A média diária mensal das vendas saltou de 5.500 unidades, em janeiro, para 8.270, em junho. Assim, podemos ter o resultado previsto no início deste ano”, destaca o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
Já na visão de Enilson Sales, presidente da Fenauto, entidade que representa os lojistas multimarcas, “como já previsto, esses resultados com variações pontuais ainda podem acontecer, tanto para mais quanto para menos, até o final do ano”. De acordo com ele, “ao que tudo indica, continuamos na expectativa de equilíbrio, Afinal, percebemos ligeira melhora no estado de atenção dos consumidores com relação à economia.”