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Tecnologia invade mundo dos pneus
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Tecnologia invade mundo dos pneus

O uso de pneus "verdes" é uma tendência. Não literalmente na cor, que continua preta como sempre, mas no sentido ambientalmente correto da palavra. A mais recente novidade vem dos laboratórios da Goodyear, e é chamada de bio-isopreno

14 de mar, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Tecnologia invade mundo dos pneus

O uso de pneus “verdes” é uma tendência. Não literalmente na cor, que continua preta como sempre, mas no sentido ambientalmente correto da palavra. A mais recente novidade do segmento vem dos laboratórios da Goodyear, em parceria com a Genencor , empresa norte-americana de biotecnologia, que é chamada de bio-isopreno.

Já em testes, os pneus usam matéria-prima gerada de forma inusitada. Micróbios criados pela empresa consomem açúcar comum e o transformam em um composto químico chamado isopreno, que é um dos derivados do petróleo usado na fabricação de pneus. O processo orgânico é basicamente o mesmo das seringueiras para produzir látex.

Na produção atual, cerca de 30 litros de petróleo são usados para fabricar um único pneu, número que pode ser drasticamente reduzido com os micróbios, além de oferecer a vantagem do açúcar ser um material renovável e o petróleo não. Os pneus de bio-isopreno, segundo informações da Goodyear, devem chegar ao mercado em cinco anos.

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As fabricantes também trabalham para desenvolver tecnologias que facilitem a vida do motorista. A Goodyear apresenta no Salão de Genebra (Suíça), que vai até domingo, a Air Maintenance Technology (AMT), tecnologia composta por uma pequena bomba e outros sistemas dentro do pneu. Com o produto regulado automaticamente por meio de cálculos feitos por um chip, há menos consumo de combustível e maior durabilidade da banda externa. Há também um estudo da Goodyear para melhorar o ruído de rodagem para carros elétricos, batizado de CityHush.

Já a Bridgestone anunciou a criação de pneus customizáveis. A tecnologia impregnada na borracha permite pintar ou até mesmo imprimir fotos nas laterais dos compostos, usando tintas especiais de longa duração.

A fabricante informa que o pneu deve revolucionar o mercado, pois além de permitir múltiplas personalizações, extingue o uso de borracha branca em sua construção – esta aumenta o peso do produto e torna-o mais poluente. A marca também pesquisa nos EUA o desenvolvimento do Guaiúle como uma fonte comercialmente viável de produção de borracha natural de alta qualidade, como alternativa para a árvore de seringueira. O Guaiúle é um arbusto nativo que cresce no sudoeste dos Estados Unidos e no norte do México.


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