Hairton Ponciano Voz

11/07/2018 - 7 minutos de leitura.

Tecnologias automotivas que desapareceram

Alguns sistemas, como o motor Wankel, foram anunciados como revolucionários, mas não resistiram ao tempo e saíram de cena

Vista interna do motor Wankel Crédito: Crédito: Mazda

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Motor movido a ar comprimido, carro de seis rodas, compressor em forma de caracol, propulsor rotativo, eixo traseiro direcional com batente de borracha… Certas tecnologias que foram anunciadas como revolucionárias não tiveram vida longa e desapareceram. Algumas ainda são lembradas, enquanto outras traziam mais problemas do que soluções. Veja exemplos:

Motor rotativo Wankel

O motor Wankel chegou a ser utilizado por diversas montadoras. Entre elas, a Mazda foi a que mais apostou na tecnologia. Uma das características do propulsor concebido pelo engenheiro alemão Felix Wankel nos anos 20 era o funcionamento silencioso. Graças à menor quantidade de peças móveis e ao atrito reduzido. Isso porque, em vez de pistões, o motor emprega rotores em formato triangular. O sistema foi muito utilizado nos anos 60, principalmente por marcas alemãs, como a NSU.

Aos poucos, o motor foi perdendo espaço para propulsores de Ciclo Otto, mas a japonesa Mazda – a única que ainda oferecia a tecnologia – só recentemente abandonou essa tecnologia, aparentemente por causa de dificuldades em atender níveis de emissões. A marca produziu o esportivo Mazda RX8 (e, antes dele, o RX7), que utilizava motor Wankel com dois rotores. Apesar de ser um propulsor compacto (1.3), rendia 231 cavalos, sem emprego de turbo.

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Eixo traseiro direcional com buchas de borracha

Nos anos 90, modelos como Citroën Xsara e Peugeot 306 eram equipados com um sistema rudimentar de eixo traseiro direcional. Ao contrário dos dispositivos eletrônicos atuais que comandam o esterçamento das rodas de trás em modelos da Porsche e Audi, há 20 anos as montadoras francesas utilizavam buchas de borracha no eixo traseiro. Com isso, em curvas o próprio movimento do veículo forçava um pouco a borracha, e com isso as rodas esterçavam alguns graus na mesma direção das dianteiras, o que melhorava a estabilidade. Tanto Peugeot quanto Citroën abandonaram o sistema.

Compressor em forma de caracol

Na década de 90, já havia diversos automóveis com turbo, e outros tantos com compressores mecânicos, do tipo “scroll”, uma espécie de fuso que vai girando e comprimindo o ar.

Pois a Volkswagen decidiu empregar um outro tipo de compressor mecânico, chamado de G-Lader.
O nome se deve ao desenho da tecnologia, em forma de “G”, ou de caracol. O sistema tinha um eixo excêntrico, que, ao girar, ia comprimindo o ar nas paredes do caracol, o que elevava a pressão.


O G-Lader equipou algumas versões de carros da Volkswagen como Polo, Golf e também do Corrado, mas foi abandonado por causa de problemas relacionados à manutenção.

Seis rodas

Há mais de cem anos, carros de quatro rodas vêm provando que os quatro pontos de apoio no chão são suficientes em praticamente todas as situações. Mas sempre tem alguém achando que dá para melhorar. Em 1997, a Dodge mostrou o conceito T-Rex, modelo de seis rodas feito sobre a picape RAM. Tinha tração 6×6 e motor do Viper. Como seria de se supor, não teve futuro.

Mas a experiência da Dodge não foi a única do gênero. Bem antes disso, em 1976, a equipe inglesa Tyrrell levou para a Fórmula 1 um carro de seis rodas (sendo quatro na frente, direcionais).


Logo na primeira temporada, a escuderia obteve ótimos resultados. Foram vários pódios e uma vitória, o que não é comum com um carro estreante, e muito menos com mudanças tão radicais.
Apesar dos bons resultados na temporada de estreia, problemas de desgaste excessivo dos pneus e superaquecimento de freios fizeram com que a equipe britânica abandonasse o projeto no fim do ano seguinte.

Carro movido a ar

Automóvel refrigerado a ar a gente já conhecia. Mas e movido a ar? No início de 2013, o Grupo PSA Peugeot Citroën apresentou o protótipo Hybrid Air, tecnologia híbrida que combinava motor a gasolina e ar comprimido.

Em vez de recarregar bateria elétrica, o modelo armazenava ar comprimido e o liberava para movimentar as rodas, separadamente ou em conjunto com um propulsor elétrico. De acordo com a empresa francesa, o Peugeot 208 ou o Citroën C3 com a tecnologia seria capaz de rodar 34 km/l, em média. Comparado a um carro a gasolina, a marca divulgou que o número representaria cerca de 45% de economia.


A empresa divulgou que no uso urbano, a até 70 km/h, o veículo seria movido preferencialmente por ar comprimido. O motor a gasolina seria reservado ao uso rodoviário.

Na época, a PSA divulgou que modelos equipados com a tecnologia estariam disponíveis em 2016. Até hoje, nada aconteceu, e o projeto foi engavetado.

 


 

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