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Tesla Model 3 é o elétrico mais vendido no mundo
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Tesla Model 3 é o elétrico mais vendido no mundo

Modelo garante liderança em EUA e China; no ranking das marcas, Volkswagen é a vice

Emily Nery, para o Jornal do Carro

11 de out, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Model 3
Tesla Model 3
Crédito:Tesla/Divulgação

Se por aqui a Tesla não chegou oficialmente (e nem há previsão de vir), em outros lugares do mundo ela já lidera como a marca que mais vende veículos elétricos. A montadora, inclusive, é a maior vendedora de elétricos do mundo. Dados do site de comparação de preços Uswitch apontam que o Model 3 é o carro de emissão zero mais vendido do mundo. Conquistando 11 países, incluindo os dois maiores mercados automotivos do mundo: EUA e China. Ele também é o best-seller em 19 países. Que abrangem Canadá, Reino Unido, México e Austrália.

Atrás da norte-americana, a Nissan tem dominância em 9 nações. Como o Japão, Irlanda, Portugal e Polônia, nas quais o Leaf é o mais procurado. Em terceira posição, o Renault Zoe é o modelo mais vendido em sete nacionalidades. França, Espanha, Itália e Uruguai, entre outros.

No Brasil, o Chevrolet Bolt é a grande estrela. Apesar do aumento de preço de R$55 mil, o modelo emplacou 98 unidades até setembro deste ano. O compacto possui uma bateria de 66 kWh que desenvolve até 203 cv de potência e 36,7 mkfg de torque. E tem autonomia de 40 km. Atualmente, o modelo é oferecido por R$ 230.600.

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Como já era de se esperar, a protagonista no mercado dos elétricos na Alemanha é a Volkswagen, com seu novo e-Golf. Já a estatal chinesa BAIC pode não ser a principal vendedora nesse nicho em seu país, mas em locais como Índia, Tailândia e África do Sul, ela garante o primeiro lugar. O motivo do sucesso é SUV compacto EC-Series.

Vale lembrar que há cerca de dois anos tal modelo dominava com grande vantagem o mercado chinês. Até que a Tesla instalou uma fábrica em Shangai em 2019, onde passou a produzir veículos nacionais e mudou a situação.

Ranking das marcas é diferente do ranking dos modelos

A situação se modifica se analisarmos as marcas que mais vendem elétricos. Sem tomar como partida seu modelo mais vendido ou sua abrangência mundial. Um levantamento feito pelo EV Sales aponta que a liderança, é claro, é da Tesla com 253 mil automóveis emplacados neste ano. Em segundo lugar, a Volkswagen soma quase 90 mil unidades vendidas. Seguida pela chinesa BYD, BMW e a SAIC.


No último ano, o acumulado de vendas de veículos elétricos foi de 2.4 milhões. Apesar da pandemia da covid-19, os meses de julho e agosto tiveram melhor desempenho em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o EV Sales, o Tesla Model 3 consegue vender mais do que os outros cinco colocados juntos. Até o mês de agosto, o sedã emplacou quase 200 mil unidades. Enquanto Renault Zoe, Hyundai Kona EV, Nissan Lead, VW e-Golf e Tesla Model Y somaram juntos quase 175 mil carros vendidos.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.