
Depois do fim da produção do Omega nacional, em 1998, a Chevrolet bem que tentou aproveitar o sucesso do modelo original para emplacar as gerações seguintes do sedã, trazidas da Austrália. No entanto, eles eram substancialmente mais caros e, com a concorrência mais pesada dos importados, o Omega australiano não chegou perto do sucesso do primeiro carro. Veja o que achamos do modelo Omega 2001, que passava por uma leve reestilização, nas palavras do repórter Igor Thomaz, publicadas na edição de 12/09/2001.
Omega chega renovado, mas não perde a sobriedade
Modelo topo de linha da General Motors, importado da Austrália, ganhou novo visual dianteiro e traseiro e agora traz controle de tração. Motor que equipa o sedã continua o mesmo, assim como o preço
A General Motors mudou poucas características do Omega 2001, que só agora começa a chegar ao mercado nacional, mas a leve reestilização deixou o modelo luxuoso bem mais atraente na nova versão.
O preço, porém, continua inalterado: são US$ 45.459, ou cerca de R$ 118 mil  o modelo, que teve a versão antiga produzida no Brasil até 1998, é importado da Austrália, onde é produzido pela Holden (marca pertencente à GM) com o nome de Commodore.
A montadora substituiu a antiga grade bipartida por outra inteiriça, que preservou as aletas alinhadas na vertical. O acabamento cromado, antes aplicado em toda a grade, deu lugar à cor prata, que predomina também no contorno. Os faróis ganharam lentes de policarbonato e as luzes laterais de direção, nos pára-lamas, agora têm lentes brancas. As mudanças, que deixaram a frente do sedã mais bonita, também foram estendidas aos pára-choques  o frontal recebeu faróis de neblina.
Na traseira, a mudança mais notória é a ausência do aplique plástico que unia as duas lanternas, que também foram redesenhadas. Com isso, o modelo ficou mais sóbrio.
Por fim, as rodas de liga de alumínio do Omega, nas medidas 7×16Â com pneus 215/60, também ganharam novo desenho. O bonito visual externo do modelo é complementado pela ponteira de escapamento cromada, molduras inferiores de cor cinza, frisos e capas dos retrovisores na cor da carroceria e detalhes cromados.
Controle de tração.Outra novidade de destaque na linha 2001 é o controle de tração, equipamento que diminui a transmissão de força do motor para as rodas quando os pneus começam a perder contato com o piso  o sistema pode ser desativado por meio de uma tecla ao lado direito da alavanca de câmbio.
Eficiente.O eficiente conjunto mecânico que equipa o Omega continua o mesmo. Com 200 cv de potência a 5.200 rpm e torque (força) máximo de 31 mkgf a 3.600 rpm, o motor 3.8 V6 com injeção eletrônica seqüencial dá muita agilidade ao carro, apesar dos 1.601 kg do modelo.
O câmbio automático de quatro velocidades oferece as opções de condução econômica ou esportiva, acionada por meio da tecla ÂPower  alojada no console central, ao lado da alavanca de mudanças. Essa distinção não torna o sedã lento no modo econômico, ainda mais quando o pedal do acelerador é pressionado ao máximo. A diferença é que, na opção esportiva, a transmissão fica mais sensível aos toques no acelerador, reduzindo as marchas com maior frequência para fazer o Omega ganhar velocidade  apesar da eficiência, o câmbio do Chevrolet oferece uma marcha a menos que o do Volkswagen Passat, modelo de tamanho inferior que conta ainda com opção de trocas de marchas manuais.
No final das contas, o desempenho agrada bastante: o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atinge 216 km/h de velocidade máxima, números bons para um veículo de grande porte. O consumo urbano de combustível, medido pelo Jornal do Carro, ficou em 7 km/l.
Conforto. Por dentro, o modelo traz um bom número de equipamentos, muito espaço e acabamento bem feito. Bancos, laterais das portas, volante e manoplas do câmbio e do freio de estacionamento têm revestimento de couro  as regulagens de altura e profundidade dos bancos dianteiros são elétricas, enquanto as do volante são manuais.
Além disso, o Omega 2001 oferece direção hidráulica comandada eletronicamente, que regula o Âpeso do volante de acordo com a velocidade (o que a montadora batizou de Variatronic), ar-condicionado eletrônico com saídas também para quem ocupa o banco traseiro, computador de bordo com 12 funções e rádio/toca-fitas com disqueteira para 10 discos, que fica no porta-malas.
Para a segurança, o sedã oferece duas bolsas infláveis frontais, duas laterais  alojadas nas laterais dos bancos dianteiros Â, freios a disco nas quatro rodas com sistema antitravamento (ABS) e terceira luz de freio.
Além de todos estes equipamentos, o Omega oferece controle automático de velocidade e um alarme que é acionado quando o condutor ultrapassa em 15 km/h uma velocidade pré-determinada, o que ajuda a evitar multas em vias onde há radares.
Com tantos equipamentos, falta uma tecla para o acionamento interno das travas das portas. Além disso, a posição da tecla de abertura interna do porta-malas é um pouco estranha, já que ela fica Âescondida dentro do porta-luvas  a tecla parece ter sido esquecida, já que na Austrália, onde é feito, a direção e alguns comandos para o motorista ficam do lado direito. Mais estranha para os brasileiros é a posição do freio de estacionamento que fica mais à direita, entre o console e o banco do passageiro. Como o volume de Omegas importados não é muito alto, a GM preferiu não bancar a troca de posição do componente.
Ao contrário do espaço de sobra para os passageiros, o porta-malas não é tão amplo, pois acomoda 475 litros de bagagem  modelos menores, como o Fiat Siena, tem capacidade para 500 l.
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Chevrolet Omega 2001
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