Teste das antigas - VW Parati Crossover

Primeira versão aventureira da Parati era resposta ao sucesso da Fiat Palio Adventure

Por 07 de jan, 2016 · 6m de leitura.

Lançada em 2002, a controversa Parati Crossover era uma resposta já tardia da Volkswagen ao sucesso da Fiat Palio Adventure, lançada três anos antes. Ela era oferecida com os motores 2.0 ou o também polêmico 1.0 turbo, ambos com 112 cv, e assumia o topo da gama da perua. Veja como elas andavam no teste publicado em 08/12/2002.

Parati Crossover contra-ataca nos cromados
Nova versão da perua da Volks pode ter motor 1.0 Turbo ou 2 litros, por R$34.950,00. Semelhanças com a Palio Adventure limitam-se apenas à suspensãolevantada e aos acessórios diferenciados
LÚCIA CAMARGO NUNES


Depois de quase três anos de mercado da Fiat Palio Adventure (responsávelpor 35% das vendas da linha), a Volks lança uma rival com poucassemelhanças, a Parati Crossover. Disponível com motores 1.0 16V Turbo ou2.0, ambos de 112 cv, a nova versão chega às lojas esta semana por R$34.950,00.

O contra-ataque surge de forma mais sutil. As similaridades entre as peruasFiat e VW se limitam apenas à elevação da suspensão e aos acessóriosdiferenciados. No caso da Volks, o que mais chama atenção são os detalhescromados na grade frontal, nas capas dos retrovisores, nas soleiras e nospára-choques. As rodas de liga leve de 15″ foram projetadas especialmentepara essa versão. “Quisemos dar um toque mais elegante ao modelo”, explicaArthur Levy, gerente de Marketing do Produto da Volks.

O trabalho na suspensão, que ficou 2,7 cm mais alta, não comprometeu aestabilidade e mantém o conjunto bem resolvido e adequado ao nosso asfalto,isto é, firme e confortável.


Difícil é convencer que apenas com essas modificações a Crossover é umveículo off-road, preparado para enfrentar lama ou areia. O mesmo vale paraa Palio Adventure. Sem recursos, como tração 4×4 e reduzida, a Crossoverpode andar com moderação na terra, tendo como vantagem em relação aos outroscarros de passeio ser mais alta, o que facilita rodar um pouco mais rápido,dependendo do terreno, sem raspar a parte de baixo.

A versão avaliada pelo JC traz o veterano motor 2.0 de 112 cv a 5.250 rpm etorque de 17,3 mkgf a 3.000 rpm. Em relação ao 1.0 Turbo, a versão 2.0 temtorque superior (ante 15,8 mkgf a 2.000 rpm do turbinado), com retomadasmais suaves e condução mais agradável. O 1.0, por sua vez, tem comportamentomais arisco, maior ruído e perde eficiência com o ar-condicionado ligado.Segundo a Volks, o consumo médio do 2.0 é de 15,3 km/l ante 13,9 km/l do 1.0Turbo.

Por dentro, a Crossover tem uma faixa no painel em cor mais clara, bancoscom forração especial e detalhes cromados nas maçanetas internas, na base daalavanca de câmbio e no botão do freio de estacionamento. Um “pênalti” é a
ausência de apoios de cabeça no banco traseiro, que ainda assim traz cintosde segurança de três pontos nas laterais.


De série, conta com ar-condicionado, direção hidráulica, ajuste de altura dobanco do motorista, vidros e travas elétricos e aviso sonoro de alerta develocidade. Como opcionais pode receber bolsas infláveis, freiosantitravamento, toca-discos, regulagem elétrica dos retrovisores e bancos decouro.

A Crossover certamente vai decretar o fim da versão 2.0 convencional,atualmente por preço mais alto (R$ 35.084,00) e com menos equipamentos.